8 de agosto de 2025
Politica

Tarcísio diz que Poderes têm que ceder e cita anistia como solução após reunião de governadores

BRASÍLIA – Após mais de duas horas de reunião na casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) nesta quinta-feira, 7, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), falou em nome dos oito chefes de governo estaduais presentes no encontro e defendeu que todos os Poderes “precisam ceder” para resolver a crise institucional em curso com o tarifaço norte-americano e o julgamento das ações penais do golpe pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Governadores Romeu Zema, de Minas, Ronaldo Caiado, de Goiás, Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Cláudio Castro, do Rio, e Jorginho Mello, de Santa Catarina se reuniram na casa de Ibaneis Rocha, do Distrito Federal
Governadores Romeu Zema, de Minas, Ronaldo Caiado, de Goiás, Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Cláudio Castro, do Rio, e Jorginho Mello, de Santa Catarina se reuniram na casa de Ibaneis Rocha, do Distrito Federal

Questionado sobre as formas que os Poderes poderiam agir para desescalar a crise interna e com o governo dos Estados Unidos, Tarcísio mencionou a votação da anistia aos condenados pelos atos golpistas no dia 8 de janeiro de 2023. A posição foi endossada pelos governadores Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e Mauro Mendes (União), Mato Grosso, que defenderam a “liberdade” do Congresso para votar o tema como resposta ao “desejo da maioria”.

“Há que se estabelecer uma harmonia institucional. A gente entende que os Poderes têm papéis na mitigação da crise. A gente não pode ter um Poder se sobrepondo ao outro. Os Poderes tem que contribuir para desescalar a crise. A gente tem que defender as funções típicas de cada poder, por exemplo o parlamento”, disse Tarcísio.

Em uma mensagem ao STF, o governador paulista argumentou que, “em nome de determinados valores, a gente agrida outros”. Segundo ele, o “caminho está quando cada um cede um pouquinho”. Mas, ao ser questionado pelo Estadão como o Judiciário poderia ceder na sua prerrogativa de julgar ações penais, Tarcísio não respondeu.

 

 

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