Câmara identifica alerta de protestos e reforça segurança da residência oficial após motim
A Câmara recebeu alertas de protestos e reforçou nesta segunda-feira, 11, a segurança na residência oficial do presidente da Casa, Hugo Motta. A informação foi confirmada por integrantes da Polícia Legislativa à Coluna do Estadão. A medida ocorre em meio a pedido de Motta para suspender o mandato de deputados bolsonaristas que fizeram um motim no plenário da Casa na última semana.
Além da Polícia Legislativa, a Polícia Militar do Distrito Federal atuou na operação e montou uma blitz obrigatória no único acesso à região da residência oficial da Câmara, com faixas de pregos e cones. Procurada, a Casa não respondeu.

Nesta segunda-feira, 11, o corregedor da Câmara começará a analisar o pedido enviado pelo presidente da Casa para suspender por até seis meses o mandato de 14 deputados bolsonaristas que participaram de um motim no plenário na semana passada.

Durante 30 horas, o grupo impediu fisicamente o funcionamento do pleno e, mesmo após as negociações, tentou evitar que Motta voltasse a presidir a Mesa Diretora.

Com o motim em proporções inéditas, os bolsonaristas buscavam pressionar pela aprovação da anistia aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro, especialmente o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi para a prisão domiciliar na última semana. O grupo também defende o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Entre os deputados alvo das apurações estão:
- Marcel van Hattem (Novo-RS), que resistiu a sair da cadeira do presidente da Câmara ao fim do motim;
- Zé Trovão (PL-SC), que bloqueou com a perna o acesso de Motta à Mesa Diretora;
- Marcos Pollon (PL-MS), último a recuar e que havia chamado Motta de “bosta” e “baixinho de um metro e 60″ dias antes;
- Júlia Zanatta (PL-SC), que levou para o motim um bebê de quatro meses de idade.
