Diego Coronel: quem é o corregedor que analisará as punições dos deputados que obstruíram a Câmara?
O deputado federal Diego Coronel (PSD-BA) tem até a próxima quarta-feira, 13, para analisar a representação que recebeu do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), contra os 14 parlamentares que obstruíram os trabalhos na Casa por dois dias em protesto à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL).
Filho do senador Ângelo Coronel (PSD-BA), que está em exercício, Diego se define como empresário e está em seu primeiro mandato como deputado federal. Ele foi eleito com 100.274 votos em 2022 e representa o Estado da Bahia. O político é filiado ao Partido Social Democrático (PSD), sigla liderada por Gilberto Kassab, e foi deputado estadual pela mesma legenda em 2018.

Antes de integrar a Câmara, Diego foi prefeito de Coração de Maria (BA), um município com 26 mil habitantes, entre os anos de 2008 e 2012. Na época, ele era filiado ao antigo Partido da Repúplica, que mais tarde mudou de nome e se tornou o Partido Liberal (PL), que tem Jair Bolsonaro como filiado.
A Corregedoria Parlamentar — cargo que Diego ocupa desde abril de 2025 — tem o dever de manter o “decoro, a ordem e a disciplina na Casa”, cumprir as determinações da Mesa Diretora sobre a segurança da Câmara e fazer a “análise de processos disciplinares iniciados por requerimentos de representação contra deputados federais relacionados à quebra de decoro parlamentar”, define a página oficial da posição.
Por isso, o deputado deve emitir parecer informando qual tipo sanção deve ser aplicada contra os parlamentares representados pela obstrução da Casa. As punições possíveis variam desde censura verbal ou escrita até a suspensão cautelar do mandato. Por outro lado, ele pode também arquivar o processo, caso entenda que não houve violação ao decoro parlamentar.
Além de corregedor parlamentar, Diego também é presidente da comissão que analisa a PEC 009/23, sobre a cota mínima de recursos dos partidos, e foi vice-presidente da Comissão de Turismo até março deste ano.
Confira os deputados representados
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, um grupo de parlamentares obstruiu as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado pedindo para que a anistia dos condenados pela tentativa de golpe de Estado fosse pautada. Os indiciados pelo bloqueio dos trabalhos foram:
- Allan Garcês (PP-MA)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Caroline de Toni (PL-SC)
- Domingos Sávio (PL-MG)
- Nikolas Ferreira (PL-MG)
- Marcel van Hattem (Novo-RS)
- Marco Feliciano (PL-SP)
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
- Zé Trovão (PL-SC)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Júlia Zanatta (PL-SC)
- Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- Zucco (PL-RS)
- Camila Jara (PT-MS) (representada pelo PL por supostamente ter agredido Nikolas Ferreira)