Governo Lula publica vídeo sobre criação do Pix e defende sistema: ‘É nosso, ninguém toma’
O perfil oficial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou vídeo nesta terça-feira, 12, em defesa do Pix, sistema brasileiro de pagamento, em que afirma que modelo deu “tão certo que agora tá incomodando uma das maiores potências do mundo”. “É nosso, ninguém toma”, diz.
Quem criou o pix? 🤔
A gente te conta no vídeo, mas o mais importante é que ele é nosso 🇧🇷, ninguém toma ✊ e ainda tem novidade boa a caminho. 📲
Gostou? Então compartilha ➡️ e já marca nos comentários quem tá te devendo um pix! ❤️
📲 Digital/PR pic.twitter.com/VnFihFygUF
— Governo do Brasil (@govbr) August 12, 2025
A publicação ocorre no contexto iniciado com o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que evoluiu para o anúncio de investigações sobre “práticas comerciais injustas” que supostamente desfavorece os americanos nas relações com o Brasil.
No vídeo montado com uma série de memes, linguagem nativa das redes sociais e adotado pelos perfis do governo principalmente após a chegada de Sidônio Pereira na Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), a narradora da peça explica que o Pix foi criado pelo Banco Central, apesar de muita gente atribuir ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Basta uma pesquisa rápida para ver que o Pix foi concebido lá em 2018. Portanto, antes do governo anterior, e quem criou não foi presidente nem ministro nenhum. Mas servidores públicos do Banco Central. E poxa, vamos combinar, isso torna mais legal ainda, né?”, diz trecho da peça publicitária.
Como mostrou o Estadão Verifica, embora tenha sido lançado em novembro de 2020, portanto, na gestão de Bolsonaro, o Pix começou a ser pensado no governo de Michel Temer(MDB), em 2018. Inclusive, quando foi abordado por apoiador sobre o modelo de pagamento pela primeira vez em 2020,Bolsonaro demonstrou desconhecimento, acreditando que o termo Pix se tratava de algo relacionado à aviação civil.
A investigação determinada por Trump foi anunciada pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), para determinar se “atos, políticas e práticas do governo brasileiro são irracionais ou discriminatórios e oneram ou restringem o comércio dos EUA”.
O Pix não foi mencionado nominalmente no comunicado oficial. mas o escritório cita “serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”.