14 de agosto de 2025
Politica

Promotoria prende dono da Ultrafarma e fiscal da Fazenda de SP por propinas de R$ 1 bilhão

O empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, foi preso nesta terça-feira, 12, em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda que teriam recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas para favorecer empresas do setor de varejo. O Estadão pediu manifestação da farmacêutica e busca contato com a defesa dele.

Um executivo da Fast Shop, rede especializada no comércio de eletrodomésticos e eletrônicos, também foi preso. A empresa também foi procurada pela reportagem.

O terceiro alvo da Operação Ícaro é um fiscal de tributos estadual apontado como o principal operador do esquema. As prisões são temporárias.

Sidney de Oliveira, dono da rede farmacêutica, foi preso em operação do MP de São Paulo.
Sidney de Oliveira, dono da rede farmacêutica, foi preso em operação do MP de São Paulo.

Segundo a investigação, processos administrativos eram manipulados para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas. Em contrapartida, essas companhias pagaram uma “mesada” a pelo menos um fiscal, por meio de uma empresa registrada no nome da mãe dele.

O Estadão pediu manifestação da Secretaria da Fazenda. Os servidores investigados são lotados no Departamento de Fiscalização.

Fachada da Secretaria de Estado da Fazenda de São Paulo; auditores lotados no Departamento de Fiscalização são investigados.
Fachada da Secretaria de Estado da Fazenda de São Paulo; auditores lotados no Departamento de Fiscalização são investigados.

Além das prisões, são cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e nas sedes das empresas investigadas.

O inquérito é conduzido pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), braço do Ministério Público de São Paulo responsável pela investigação de crimes contra a ordem econômica.

“A operação é fruto de meses de trabalho investigativo, com análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações autorizadas pela Justiça”, informou o MP.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *