Cid x Câmara: versões são mantidas em acareação e coronel volta a pedir liberdade a Moraes
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e o coronel Marcelo Costa Câmara mantiveram suas versões nesta quarta-feira, 13, na acareação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os dois ficaram frente a frente para confrontar suas versões sobre pontos de dúvida nos depoimentos que prestaram anteriormente na ação da trama golpista. Mauro Cid é delator e Marcelo Câmara é réu no núcleo de “gerência” do plano de golpe.
As divergências giram em torno de dois episódios: a minuta golpista para anular o resultado das eleições de 2022 e o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes.
O procedimento, conduzido a portas fechadas por Moraes, começou por volta das 11h40 e terminou por volta de 12h30.
Ao final da sessão, o coronel, que está preso preventivamente, voltou a pedir para ser colocado em liberdade provisória. Moraes vai aguardar um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de analisar o pedido.

Marcelo Câmara disse que não tomou conhecimento de qualquer documento golpista e que nunca se reuniu com Filipe Martins, ex-assessor a quem é atribuída a autoria da minuta, para conversar sobre o assunto.
Mauro Cid reiterou que “ao se referir ao conhecimento que o réu Marcelo Câmara tinha sobre a tramitação de uma minuta de decreto no Palácio, não quis afirmar que essa minuta era aquela apresentada por Filipe Martins”.
Em relação ao monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, as versões são semelhantes. Marcelo Câmara admitiu que acompanhou o passo a passo do ministro, mas segundo ele o monitoramento ocorreu para “verificação de agenda”, sem relação com qualquer operação violenta. Mauro Cid declarou que “não ficou sabendo que o coronel Marcelo Câmara tivesse qualquer conhecimento” sobre o Plano Punhal Verde e Amarelo.