Eduardo Bolsonaro comemora novas sanções em foto com Paulo Figueiredo
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comemorou as novas sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos contra autoridades envolvidas na criação do programa Mais Médicos. “Dia de reuniões importantes com resultados tangíveis”, escreveu o parlamentar no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira, 13. O texto é acompanhado de fotos do filho do ex-presidente junto do blogueiro Paulo Figueiredo, seu braço direito no estrangeiro. Ambos estão em Washington, capital dos EUA.

Juntos, Eduardo e Paulo articulam represálias contra autoridades brasileiras com o intuito de travar o julgamento de Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) em processo que investiga a sua participação na tentativa de golpe de Estado.
Dia de reuniões importantes com resultados tangíveis.
*Com @pfigueiredo08 pic.twitter.com/DjVXLkgMnj
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 13, 2025
Nesta quarta, em uma nova sanção, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a cassação dos vistos do secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Júlio Tabosa Sales, e de Alberto Kleiman, um ex-funcionário do governo brasileiro.
Ambos estavam envolvidos na criação do Mais Médicos, programa da ex-presidente Dilma Rousseff que buscava suprir a carência de profissionais da saúde no Brasil e, para isso, recorreu à contratação de profissionais da saúde cubanos.
Para Rubio, as duas autoridades atuaram como “cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano. O Mais Médicos foi um golpe diplomático inconcebível de ‘missões médicas’ estrangeiras”.
Após a medida, Eduardo comemorou postando um vídeo em que dizia que “cedo ou tarde, cada um de vocês do regime vai cair”. O político disse que aqueles envolvidos em “qualquer tipo de violação dos Direitos Humanos” podem ser punidos pelos EUA, mesmo que deixem seus mandatos.
A cassação dos vistos de Mozart e Alberto não é a primeira articulação de Eduardo contra o País. O filho do ex-presidente pedia pela aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, o que de fato ocorreu, e também afirmou estar presente em reunião que debateu a aplicação de taxa de 50% sobre os produtos nacionais exportados para os EUA.
Agora, no entanto, pela primeira vez uma autoridade do governo Lula é punida com a perda de visto americano. Integrantes do governo temem que a medida possa ocorrer com outros em represália ao julgamento de Bolsonaro. Até agora, apenas ministros do Supremo Tribunal Federal e o procurador-geral da República, bem como familiares, tiveram visto revogado.