15 de agosto de 2025
Politica

Governo Trump cria política do ‘adeus Mickey Mouse’ contra petistas e acredita que isso é punição

Primeiro foi o ministro Alexandre de Moraes, depois colegas dele do Supremo Tribunal Federal. Agora, chegou a vez de burocratas do Ministério da Saúde. Todos alvos da revogação de vistos para visitar os Estados Unidos.

A anúncio com ar de punição aplicada vem sendo feito pelo secretário do Departamento de Estado Marco Rubio. Dono da política externa da gestão Donald Trump, Rubio é chefe do setor do governo dos EUA que, por décadas, estimulou a visita de gente de toda a parte aos Estados Unidos.

O presidente Donald Trump e o secretário do Departamento de Estado Marco Rubio em reunião na Casa Branca
O presidente Donald Trump e o secretário do Departamento de Estado Marco Rubio em reunião na Casa Branca

O Departamento de Estado tem um programa antigo que leva estrangeiros das mais variadas áreas para conhecer o mundo sob a visão dos norte-americanos. Já foram convidadas do governo americano, parlamentares, juízes, advogados, jornalistas, artistas, estudantes.

Nessas visitas, os EUA gostavam de facilitar contatos dos estrangeiros com as mais variadas fontes de informação daquele país. Valia conhecer autoridade do próprio governo ou até mesmo representante de ONG. O espírito era: aqui a democracia vale e é para todo mundo, mesmo para quem é contra o governo. E pode até mesmo queimar a bandeira do país porque isso é respeito a liberdade de expressão.

Sob a batuta de Rubio, a porta parece que se fechou. E contra os inimigos que o novo EUA acredita ter, aposta-se na revogação dos vistos. Foi o que fez com Moraes e agora com pessoal que organizou o Mais Médicos trazendo cubanos para o Brasil.

As distorções do programa brasileiro são conhecidas dos brasileiros e deixaram os médicos brasileiros irritados e mais à direita quando o assunto é política. A ideia de ter profissionais cubanos pelo interior do País durou o tempo da gestão petista, fez algumas localidades felizes por ter um profissional de saúde a disposição, mas também levantou dúvidas sobre o mecanismo financeiro que viabilizou o programa.

Agora, o Sr. Rubio retoma o assunto com o argumento de que estão a combater trabalho escravo. Para tanto, lança mão da sua política do “adeus Mike Mouse”. O sujeito que perde o visto não vai poder mais ir para Disney ou qualquer outro local nos EUA. Como se isso fosse algo, de fato, relevante.

Para Rubio o encontro com o ratinho da Disney ou seu amigo Pateta devem ser mesmo definitivos para definir o caráter humano.

O gesto, no entanto, espalha mundo afora a mensagem de que os EUA não são mais uma casa aberta para receber gente e estimular mundo afora lições de democracia no modelo liberal. Adeus Mikey, adeus Pateta.

 

 

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