14 de agosto de 2025
Politica

Lula diz que ‘ninguém está desrespeitando direitos humanos’ no Brasil após relatório dos EUA

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu nesta quarta-feira, 13, o relatório do governo dos Estados Unidos sobre a situação dos direitos humanos e das liberdades políticas no Brasil.

“Ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos como estão tentando apresentar ao mundo. Os nossos amigos americanos toda vez que resolvem brigar com alguém eles tentam criar uma imagem de demônio contra as pessoas que eles querem brigar”, afirmou em discurso no evento em que anunciou plano contra do tarifaço imposto a produtos brasileiros pelo governo de Donald de Trump.

O relatório anual do Departamento de Estado, divulgado nesta terça-feira, 12, diz que “a situação dos direitos humanos no Brasil piorou ao longo do ano” sob a gestão de Lula.

Lula criticou relatório do governo do EUA sobre o Brasil
Lula criticou relatório do governo do EUA sobre o Brasil

No documento, o governo dos Estados Unidos também acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de censurar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o relatório, os tribunais brasileiros “tomaram medidas amplas e desproporcionais para minar a liberdade de expressão e a liberdade na internet”.

“O governo minou o debate democrático ao restringir o acesso a conteúdo online, suprimindo desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, bem como de jornalistas e políticos eleitos, muitas vezes em processos secretos sem as garantias do devido processo legal. O governo também suprimiu discursos politicamente desfavoráveis, alegando que constituíam “discurso de ódio”, um termo vago e desvinculado do direito internacional dos direitos humanos”, diz o documento.

Além disso, o governo dos EUA mencionou uma declaração de Lula, em que comparou os ataques na Faixa de Gaza ao Holocausto, como exemplo ao relatar o aumento do antissemitismo no Brasil.

O governo americano destaca que a Confederação Israelita Brasileira (Conib) e a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) relataram um forte aumento no número de casos de antissemitismo após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023. De janeiro a maio, foram registrados 886 casos de antissemitismo, quase seis vezes mais do que no mesmo período de 2023, segundo o relatório.

Após citar os números da Conib e da Fisesp, o relatório destaca o trecho de um discurso do presidente Lula sobre ataques de Israel contra grupos terroristas na Faixa de Gaza.

O relatório cita uma série de relatos de “homicídios arbitrários ou ilegais cometidos pela polícia durante o ano” para ilustrar a deterioração dos direitos humanos no País. O governo americano cita casos que ocorreram em São Paulo, na Baixada Santista, no Rio Grande do Sul e Roraima.

 

 

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