15 de agosto de 2025
Politica

Padilha chama Trump de ‘inimigo da saúde’ e elogia servidores sancionados pelos EUA: ‘Orgulho’

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem se referiu como “inimigo da saúde” nesta quinta-feira, 14. O motivo é a revogação de visto de secretário da pasta, Mozart Júlio Tabosa Sales, e de Alberto Kleiman, um ex-funcionário do governo brasileiro, por conta do programa Mais Médicos.

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez críticas ao governo Trump
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez críticas ao governo Trump

Durante inauguração da fábrica de hemoderivados da Hemobrás em Goiana (PE), Padilha defendeu a parceria com médicos de Cuba e o trabalho dos funcionários públicos envolvidos com o programa.

“Eu digo, ao querido Mozart, ao Alberto Kleiman, e todos aqueles que participaram do programa Mais Médicos: tenho orgulho do que vocês fizeram”, disse. O ministro destacou que as famílias deles também estão impedidas de entrar nos EUA.

Padilha fez ainda apontamentos a políticas do líder norte-americano, consideradas negacionistas. “Não estamos enfrentando só o tarifaço. Estamos enfrentando na figura do presidente atual dos EUA, um inimigo da saúde. Desde o início do governo dele, ele faz ataques à saúde do mundo como um todo”, disse o ministro.

“Ele cortou recursos de produção de vacina dos EUA, ele começou a incentivar uma verdadeira perseguição contra pesquisadores de vacinas”, exemplificou.

Padilha continuou a crítica mencionando que pesquisadores estão sendo atraídos ao Brasil após saírem dos EUA por conta da suposta perseguição. O ministro reprovou a saída do país norte-americano da Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras políticas adotadas por Trump.

“Saiu dos principais fundos de produção de vacinas e rasgou contratos de produção de vacina com empresas, porque não quer mais apostar na vacina de RNA mensageiro”, afirmou Padilha.

Ele também comparou o norte-americano com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O seu governo (de Lula) está criando duas plantas de produção de vacina de RNA mensageiro. O Brasil vai passar na frente deles na corrida por essa nova tecnologia.”

Na quarta-feira, 13, o ministro da Saúde já havia se pronunciado sobre a sanção aos funcionários do Mais Médicos.

Ele afirmou no X (antigo Twitter) que o programa, assim como o Pix, sobreviverá aos “ataques injustificáveis”. “O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira”, escreveu.

O secretário sancionado, Mozart Júlio Tabosa Sales, também defendeu o programa. “Essa sanção injusta não tira minha certeza de que o Mais Médicos é um programa que defende a vida e representa a essência do SUS”, disse.

 

 

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