Show de Fafá de Belém encerra terceiro ano da Festa de Santa Dulce dos Pobres na Cidade Baixa

Foto: Igor Santos/ Secom PMS

Texto: Priscila Machado/ Secom PMS

A fé, a emoção e a gratidão se fizeram presentes na expressão de cada pessoa que acompanhou o show de encerramento da Festa de Santa Dulce dos Pobres, na Praça Irmã Dulce, na noite desta quarta-feira (13). A cantora, artista e compositora Fafá de Belém, que é devota de Nossa Senhora de Nazaré, iniciou a apresentação de fechamento das celebrações deste ano com as canções Nossa Senhora, Tocando em Frente e Romaria.

“É uma emoção gigantesca. Quando recebi o convite, eu pensei: ‘Ai meu Deus! Nossa Senhora agindo e passando na frente de tudo sempre. Eu estive aqui em 1998 com Maria Rita, fui à Igreja de Conceição da Praia, e quem estava lá foi o padre Antônio Maria, que esteve aqui mais cedo também. Então, é muito mágico esse reencontro em torno desta hoje Santa Dulce dos Pobres, uma mulher que é um exemplo para todos nós, uma brasileira que exerceu o amor. Hoje é uma data mágica. Fiz aniversário há quatro dias, então eu estou comemorando com as bênçãos de Santa Dulce”, contou Fafá de Belém.

Desde o último dia 1º, a Festa de Santa Dulce vem reunindo milhares de fiéis e admiradores da vida e obra do Anjo Bom da Bahia em uma agenda repleta de homenagens, incluindo missas, procissões, quermesse, feira de artesanato, shows, carreata e prestação de serviços de saúde à população. A expectativa é que a festa tenha superado os 100 mil participantes da edição anterior.

A festa, em honra à primeira santa nascida no país, é promovida pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) com o apoio institucional da Prefeitura de Salvador.

“Hoje o dia foi maravilhoso, com muita emoção, com muita fé, desde a missa até a procissão, e agora encerrando com o show de Fafá. O sentimento é que essa foi a festa com o maior público. E, a cada ano, queremos trazer mais pessoas. Sabemos que o ano que vem será ainda melhor. Eu sou devota de Santa Dulce, mas também, como vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo, tenho que dizer que foi um sucesso. Estou muito feliz e já na expectativa do próximo ano”, avaliou Ana Paula Matos.

Para Chicco Assis, diretor de cultura da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), a festa tem se firmado a cada ano. “É uma consolidação como espaço de veneração a essa santa baiana, soteropolitana, e que é tão importante como expressão de fé, mas também como possibilidade de tornar Salvador essa cidade tão plural, tão diversa e que, com isso, pode atrair também turistas de outras cidades. É muito importante a Festa de Santa Dulce entrar nesse calendário de turismo religioso. Começamos desde o dia 1º e, agora, para encerrar, o show de Fafá de Belém, que trouxe toda essa conexão com Nossa Senhora e essa mistura de culturas também”.

Demonstrações de fé – A professora aposentada Gilvanete Pereira de Mendonça, de 60 anos, veio de Campo do Brito, cidade vizinha a Itabaiana, em Sergipe, local onde ocorreu o primeiro milagre atribuído à Santa Dulce. “Eu estou vindo pelo terceiro ano apreciar a festa, que foi perfeita! Os freis trabalharam bastante, e a Prefeitura também colaborou muito. Estão de parabéns o povo baiano e Santa Dulce, protegendo a todos nós. Achei o show de Fafá de Belém muito bonito, assim como foi o do padre Antônio Maria mais cedo”.

Voluntária das OSID, Ildeth dos Santos, 71, permaneceu sentada na primeira fileira de cadeiras em frente ao palco, com uma placa que fazia referência à Santa Dulce. “Este foi o ano da graça, foi uma festa muito bonita, com momentos muito marcantes, com grandes artistas homenageando Santa Dulce. E tudo isso representa um crescimento importante para as obras. Achei muito organizado, foi um trabalho muito bem feito, e a expectativa é que seja melhor a cada ano. Vi todos os shows, pulei, dancei e cantei. Foi muito especial”.

Programação – As celebrações pelo dia oficial de louvor à primeira santa brasileira iniciaram às 5h30, com uma alvorada festiva. Em seguida, foram realizadas missas às 6h, 7h, 8h30, 10h, 12h e às 14h. ÀS 15h, teve início a quermesse, que ocorreu desde o primeiro dia da trezena no bairro de Roma. Às 16h, o público acompanhou a apresentação do Padre Antônio Maria e, às 17h, a missa campal presidida pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, cardeal Dom Sérgio da Rocha.

A noite ainda contou com uma procissão luminosa, por volta das 19h, com saída do Santuário Santa Dulce dos Pobres em direção à Basílica Santuário Senhor do Bonfim e retorno para o ponto de origem. Após o cortejo religioso, fiéis e devotos receberam a bênção do santíssimo antes do show de Fafá de Belém.

Festa litúrgica – O dia 13 de agosto foi escolhido para a data oficial da festa litúrgica de Santa Dulce, porque foi nessa mesma data, em 1933, que Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, aos 19 anos de idade, recebeu o hábito de freira e adotou, em homenagem à mãe dela, o nome de Irmã Dulce.  

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