Alcolumbre diz que ‘intransigência’ tomou conta da política e pede trégua no Congresso até 2026
BRASÍLIA – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pediu nesta terça-feira, 19, para que os parlamentares deixem para 2026 os embates eleitorais e que trabalhem com união e serenidade entre os partidos políticos. Ele defendeu uma trégua para que o Congresso aprove propostas que o País precisa.
“Tenho percebido a angústia em todos os aspectos da palavra, do radicalismo, da intransigência e das ofensas que estão acima do que é coerente. Não estou me referindo ao partido A ou B, à ideologia A ou B. Faço ponderação para que possamos refletir o que verdadeiramente interessa. Interessa ter um País dividido?”, afirmou Alcolumbre durante discurso no plenário do Senado.

Alcolumbre disse ser necessário “deixar os embates do processo eleitoral para o ano da eleição” e pediu reflexão dos senadores, afirmando que a “intransigência, o ódio e as agressões estão tomando o lugar do debate, do amor, do carinho e do afeto que devemos ter como sociedade”.
“Percebo que as eleições se passaram e todos continuam numa eterna rivalidade eleitoral. E todos são todos, não são os que venceram ou perderam. São todas as lideranças políticas do Brasil, que estão protagonizando um debate muito ruim”.
Mais cedo, Alcolumbre também defendeu a redução da divisão da sociedade durante o evento de instalação da federação entre seu partido, União Brasil, e o PP. Segundo ele, o grupo não pode ter como objetivo um aceno à oposição ou ao governo. Alcolumbre é aliado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Não é um movimento de oposição ou de situação. Este movimento precisa ser um movimento de política com ‘P’ maiúsculo, com o olhar voltado para o futuro do Brasil”, disse, durante o evento do PP-União.