Justiça italiana rejeita prisão domiciliar e mantém Carla Zambelli presa cautelarmente
A Justiça italiana negou a conversão da prisão da deputada Carla Zambelli (PL-SP) em domiciliar, mantendo a parlamentar brasileira presa cautelarmente. A decisão do Tribunal de Apelação de Roma, na Itália, ocorreu na última sexta-feira, 15.
A decisão foi embasada em documentos apresentados pela Advocacia-Geral da União (AGU) que confirmaram a legalidade da prisão cautelar para fins de extradição.

A Corte italiana também determinou a realização de uma perícia médica oficial para avaliar o estado de saúde da deputada. O resultado será avaliado na quarta-feira da próxima semana, 27, em sessão que pode transferir a deputada para prisão domiciliar caso o laudo indique a necessidade.
Na última quinta-feira, 14, a defesa de Zambelli afirmou que ela está em greve de fome e, por isso, passou mal durante audiência de extradição realizada pelo Tribunal de Apelação no dia anterior.
Zambelli foi condenada a dez anos de prisão e perda do mandato por ter articulado um ataque hacker ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, ela e o hacker Walter Delgatti Neto emitiram um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
Antes que sua prisão pudesse acontecer no Brasil, a parlamentar fugiu rumo à Itália e passou dois meses como foragida na nação europeia em que possui cidadania. Ela só foi capturada em 29 de julho pela polícia italiana.