21 de agosto de 2025
Politica

‘Nenhum juiz brasileiro pode anular a Primeira Emenda’, diz vice-secretário de Estado dos EUA

O vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, fez um ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do seu X (antigo Twitter) nesta quarta-feira, 20. Compartilhando um post em que a própria plataforma relata pedidos de remoção de conteúdo feitos pela Corte, o diplomata do governo de Donald Trump escreveu “nenhum juiz brasileiro ou outro tribunal estrangeiro pode anular a Primeira Emenda. Ponto final”.

Landau ainda prossegue: “enquanto a Administração de Donald Trump estiver no comando, indivíduos e empresas americanas podem ficar tranquilos, pois nenhum governo estrangeiro poderá censurar a liberdade de expressão de indivíduos e empresas americanas em território americano”. A embaixada dos EUA também publicou uma versão traduzida do post.

A Primeira Emenda, a qual Landeau se refere, é um trecho da constituição americana que garante a liberdade de expressão, imprensa e outros direitos básicos no território dos Estados Unidos.

Donald Trump vem de uma série crescente de embates com o STF motivados por pedidos de remoção de conteúdo nas redes sociais e o julgamento de Jair Bolsonaro.
Donald Trump vem de uma série crescente de embates com o STF motivados por pedidos de remoção de conteúdo nas redes sociais e o julgamento de Jair Bolsonaro.

Na carta que comunicou a taxação de 50% sobre os produtos nacionais, Trump havia citado “ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS” que, segundo ele, foram emitidas pelo STF contra redes sociais dos EUA, pedindo a remoção de conteúdo. O presidente ainda diz que os pedidos de remoção se deram sob ameaça de “multas de milhões de dólares e expulsão do mercado brasileiro”.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, enviou pedidos de remoção de conteúdo para plataformas como X e Rumble. O magistrado foi criticado por membros do governo Trump por essa postura e por conduzir o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) que investiga a participação do ex-presidente na trama golpista.

Moraes se tornou alvo de retaliações americanas, após articulação de Eduardo Bolsonaro (PL). O juiz foi sancionado pela Lei Magnitsky, que o impede de entrar no país movimentar bens nos EUA ou de ter acesso a serviços de empresas estadunidenses. Na segunda-feira, 18, o seu colega, Flávio Dino, proferiu uma decisão que define que decisões judiciais estrangeiras devem ser homologadas no País antes de terem validade, o que pode blindar Moraes.

 

 

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