Quem é Carlos Viana, eleito para presidir a CPI do INSS?
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi escolhido nesta quarta-feira, 20, para presidir a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar as fraudes nos descontos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O mineiro de 62 anos ingressou na carreira política em 2018, se elegendo senador por Minas Gerais pelo PHS, que se uniu ao Podemos em 2019. Viana obteve 3.568.658 votos, 20,2% dos votos válidos. Naquela eleição, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente da Casa, também se elegeu pelo Estado.

Meses depois de ser eleito em 2018, mudou para o PSD. Em 2021, migrou para o MDB. No mesmo ano, foi para o PL. Já em 2023, se filiou ao Podemos.
Em 2022, disputou o governo mineiro pelo PL, mas não foi eleito. Em 2024, pelo Podemos, concorreu à prefeitura de Belo Horizonte, mas foi derrotado com 1% dos votos válidos. Antes da política, o senador atuava como jornalista, repórter, apresentador e radialista de veículos de imprensa de Minas Gerais e por um período trabalhou na edição de um portal brasileiro nos Estados Unidos.
No X (antigo Twitter), o senador afirmou que vai “trabalhar para que a justiça seja feita e para que os responsáveis sejam devidamente punidos com o rigor da lei”, destacando não se tratar de uma “luta ideológica”, mas da “defesa da verdade e da justiça”.
Atualmente, no Senado, Viana é membro da Comissão de Relações Exteriores, líder do Podemos e da Bancada Evangélica, que reúne 26 dos 81 senadores da Casa. Mês passado, ele compôs a comitiva de oito senadores que viajou aos EUA para tentar negociar o tarifaço do presidente Donald Trump, antes que a sobretaxação aos produtos brasileiros entrasse em vigor.
A vitória de Viana como presidente da CPMI representa uma derrota do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que em acordo com o Senado tinha como candidato para o posto o senador Omar Aziz (PSD-AM), indicado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Viana levou 17 votos, ante 14 do adversário.
Em seguida, Viana escolheu o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) como relator da Comissão. Gaspar é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi relator do pedido de suspensão da ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ao qual foi favorável.
O senador já se disse favorável a anistia para os golpistas dos ataques de 8 de Janeiro em Brasília, mas defendeu que Bolsonaro e generais de alta patente fiquem de fora do perdão político. “Eu defendo que eles respondam o processo e que a gente fique sabendo se houve realmente um tipo de tentativa. A gente tem que confiar na PGR e no Supremo”, disse o senador em fevereiro, quando foi reeleito presidente da bancada evangélica.