7 de setembro de 2025
Politica

Hugo Motta diz não se importar com ameaças de Eduardo Bolsonaro

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que as ameaças do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não o incomodam. “Não altera nem o meu humor nem a minha maneira de agir”, disse Motta em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira, 21.

O filho do ex-presidente se autoexilou nos Estados Unidos e de lá articula sanções contra autoridades brasileiras com o intuito de travar o julgamento sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de golpe de Estado. Eduardo já disse que Motta poderia perder o seu visto americano, como ocorreu com oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), caso a anistia para os envolvidos na trama golpista não fosse pautada no Congresso.

Motta diz que as ameaças do filho do ex-presidente não irão mudar sua postura.
Motta diz que as ameaças do filho do ex-presidente não irão mudar sua postura.

“Eu não levo muito em consideração essas ameaças, porque, primeiro, não funciono sob ameaça. Então, para mim, isso não altera nem o meu humor nem a minha maneira de agir”, disse o presidente da Câmara.

Motta também afirmou que o papel do presidente da Casa é “agir com imparcialidade”. “O deputado Eduardo Bolsonaro será tratado como todo e qualquer deputado, obedecendo ao regimento da casa. Nem haverá privilégio nem também haverá o interesse de prejudicar”, disse.

Na última sexta-feira, 15, Motta enviou para o Conselho de Ética da Câmara quatro pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro. Os documentos, redigidos pelo PT e pelo PSOL, acusam o filho “03” do ex-presidente de quebrar o decoro parlamentar ao pedir, fora do país, punições a autoridades brasileiras para beneficiar seu pai.

Anteriormente, Motta também já havia declarado que Eduardo pode perder seu mandato se continuar faltando a sessões na Câmara e atingir o limite de ausências permitidas. O presidente da Casa destacou que “não há mandato à distância”.

Um dia antes do pronunciamento de Motta, Eduardo se defendeu por meio do X (antigo Twitter) e negou ameaçar o presidente da Câmara ou o do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). “Ao declarar isto eu estou me desgastando com a minha própria base, mas acredito na solução que gere menos sacrifícios aos brasileiros”, escreveu o deputado na publicação.

Na última quarta-feira, 20, a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e Eduardo por tentativa de obstrução do processo que investiga a participação de Bolsonaro na trama golpista. A corporação produziu um documento com 170 páginas que detalha as sanções conduzidas por Eduardo e a tentativa de Bolsonaro de pedir asilo na Argentina para evitar ser julgado.

 

 

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