21 de agosto de 2025
Salvador

Salvamar registra redução de 63% nos casos de afogamento nas praias de Salvador em 2025

Foto: Lucas Moura / Secom PMS

Reportagem: Gilvan Santos / Secom PMS

A Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar) registrou, entre janeiro e 15 de agosto deste ano, 235 casos de afogamento nas praias da capital baiana. Neste mesmo período em 2024, haviam sido 641 ocorrências, o que representa uma redução de 63,34% no número de incidentes na orla da cidade.

Como alerta o órgão, com a proximidade de setembro, quando a temperatura sobe e a chuva perde força, o movimento nas praias aumenta. Por isso, especialistas pedem que os banhistas redobrem a atenção, principalmente nos trechos mais perigosos.

O coordenador da Salvamar, Kailani Dantas, orienta os banhistas a evitarem ficar em cima de pedras, corais e outras estruturas escorregadias. Ele frisou que é importante respeitar as sinalizações e priorizar locais onde há salva-vidas.

“Em setembro, nós começamos a ter tempo mais estável, mais sol, porém o mar ainda tem toda a característica de inverno, como correntes acentuadas e ondas maiores. Então, é preciso ter cuidado redobrado. A Salvamar atua de forma preventiva e educativa, e isso acaba reduzindo a quantidade de ocorrências. Essa cadeia preventiva vem sendo fortalecida também com os salva-vidas e as campanhas nas mídias alertando a população sobre os riscos e reduzindo a incidência de afogamentos”, afirmou.

Neste ano, as equipes da Salvamar já realizaram 37 mil ações preventivas, 65 palestras e eventos e entregaram 1.240 pulseiras de identificação para crianças nas praias. Mesmo assim, ocorreram três casos em que os pequenos se perderam dos pais. O coordenador explica que os adultos devem manter o contato visual com as crianças, priorizar sentar-se próximo de onde elas vão tomar banho e, quando entrar no mar, estar sempre à distância de um braço.

Ele citou algumas regiões que merecem cuidado: “Jardim de Alah, Stella Maris e Farol de Itapuã são praias que requerem atenção redobrada das pessoas que forem tomar banho de mar por conta do relevo morfológico, das correntes e das forças das ondas”, explicou. O trecho coberto pela Salvamar vai do Jardim de Alah até Ipitanga.

O mês de março foi o que registrou mais casos. Foram 74 afogamentos, seguido de fevereiro (44), abril (40) e janeiro (34). O banho de mar deve ser evitado após longos períodos de chuva, durante frentes frias e em dias de temporal, porque o mar fica mais agitado. Os ventos ficam mais fortes, as ondas mais altas e as correntes marítimas mais intensas, o que aumenta o risco de afogamento.

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