23 de agosto de 2025
Politica

Governo Lula reúne big techs para discutir regulação, não mostra versão final do texto e desagrada

BRASÍLIA — O governo Lula se reuniu com as plataformas digitais nesta sexta-feira, 22, para discutir os seus dois projetos para regular o setor. Mas não mostrou a versão final dos documentos.

Integrantes do governo apresentaram aos representantes das big techs e outras empresas de grande porte as linhas-base das proposições. A reunião foi feita no Palácio do Planalto e durou cerca de uma hora e meia.

Como o Estadão mostrou, um dos projetos (PL dos Serviços Digitais) visa garantir maior transparência e direitos aos usuários na internet — inclusive com uma seção dedicada à proteção de crianças e adolescentes —, e o outro (PL dos Mercados Digitais), combater abuso concorrencial.

As plataformas pediram o texto final dos projetos, mas o governo respondeu que, por enquanto, a ideia é que os documentos sejam apresentados primeiro ao Congresso. Uma negociação com o setor, ponto a ponto, viria a partir dessa tramitação.

As empresas se queixaram de que precisariam ler os detalhes específicos para conhecer os “possíveis riscos de insegurança jurídica”, mas o governo não quis aprofundar os temas durante a reunião.

O Planalto entende que existe pouca margem para manobra na regulação a partir do marco já definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com o julgamento da constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, em junho. E prevê mais diálogo com o setor.

O próximo passo do governo Lula é decidir o melhor momento para enviar os projetos ao Congresso.

Vinte e duas companhias participaram do encontro, como Amazon, Apple, Google, iFood, Magalu, Meta, OpenAI, Shopee, TikTok e Uber, além de seis associações e consultorias.

Do lado do governo, estiveram presentes seis ministérios, a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Fazenda, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Secretaria de Comunicação Social (Secom), a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e a Casa Civil.

A reunião durou cerca de uma hora e meia, sendo 45 minutos para que o MJ e a Secom apresentassem o PL dos Serviços Digitais, e outros 45 para perguntas e respostas. O texto da Fazenda, por se assemelhar a um relatório publicado pelo governo ano passado, já era conhecido pelas empresas, então teve menos espaço — sua apresentação se resumiu a “três ou quatro” slides.

Veja a lista completa de quem participou

Empresas e Plataformas

  • 1. 99
  • 2. Alibaba
  • 3. Amazon
  • 4. Apple
  • 5. Expedia
  • 6. Google
  • 7. Grupo OLX
  • 8. Hotmart
  • 9. iFood
  • 10. Keeta
  • 11. Kwai
  • 12. Magalu Cloud
  • 13. Mercado Livre
  • 14. Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp)
  • 15. Microsoft
  • 16. OpenAI
  • 17. Shein
  • 18. Shopee
  • 19. TikTok
  • 20. Uber
  • 21. X (Twitter)
  • 22. YouTube

Associações e Consultorias

  • 1. Alandar Consultoria
  • 2. Asociación Latinoamericana de Internet (Alai)
  • 3. Diplomacia Corporativa (Allia)
  • 4. Associação Brasileira Online to Offline (Amobitec)
  • 5. Associação das Empresas de TIC e Tecnologias Digitais (Brasscom)
  • 6. Câmara Brasileira da Economia Digital

Órgãos de Governo

  • 1. Advocacia-Geral da União (AGU)
  • 2. Ministério da Fazenda
  • 3. Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)
  • 4. Secretaria de Comunicação Social (Secom)
  • 5. Secretaria de Relações Institucionais (SRI)
  • 6. Casa Civil

 

 

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