Cotado para Presidência, Tarcísio defende redução de número de ministérios
O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira, 25, que a Presidência da República precisa diminuir o número de ministérios. E como exemplo, o governador citou o governo argentino de Javier Milei, que promoveu cortes de despesas públicas na Argentina.
Tarcísio, que participou nesta manhã do Seminário Brasil Hoje, promovido na capital paulista pelo Grupo Esfera Brasil, voltou a falar que é preciso enfrentar a questão fiscal: “Temos de encarar a agenda fiscal e há excelentes nomes para o Ministério da Fazenda. Temos que reduzir a rigidez orçamentária. Devemos discutir desindexação da economia e benefícios tributários”.

Para Tarcísio, a redução da máquina pública é importante e é o Congresso quem poder dar essa resposta, acrescentando que é importante defender as reformas trabalhistas, tributária e da Previdência. “Queremos ser sempre o País do futuro? É preciso que haja uma liderança forte. É importante recuperar a harmonia entre os poderes e um Congresso protagonista”, disse o governador. Segundo ele, é preciso ver o que a China e a Coreia do Sul fizeram nos últimos anos e de onde estes dois países saíram e onde chegaram, em termos de crescimento.
Ainda, de acordo com o governador, o Brasil está inserido em um conflito entre passado e futuro e é preciso escolher se o País quer continuar nesse conflito. Tarcísio, cotado para disputar a Presidência em 2026, já modula o discurso e admite disputar o Planalto.
Tarcísio disse ainda que é preciso trazer para o debate os conceitos da tecnologia e do conhecimento, que vão impulsionar o capitalismo. De acordo com o governador, o mundo vive um cenário em que a geopolítica está substituindo a economia.
Sobre o modelo de presidente que o Brasil precisa para atingir as metas que ele, Tarcísio, acredita que devem gerar crescimento no Brasil, o governador citou Juscelino Kubitschek como exemplo.
‘Diplomacia brasileira sempre foi reconhecida, e decidimos deixar isso de lado’
Ao defender a negociação do governo brasileiro com o americano liderado por Donald Trump para resolver a questão do tarifaço, Tarcísio disse que a diplomacia brasileira, que sempre foi muito respeitada, foi deixada de lado.
“A diplomacia brasileira sempre foi reconhecida e decidimos deixar isso de lado”, disse, ao participar nesta manhã de evento do Grupo Esfera Brasil.
Para o governador, a questão não é tarifa. É de investimentos. “Nos afastamos de discussões sobre a OCDE. Falta visão de futuro e liderança para tirar proveito. Pensar só em eleição gera atraso”, disse o governador.
Ao discorrer sobre os programas sociais, Tarcísio disse que eles “são relevantes, mas que podem proporcionar o que as pessoas querem”.