México ocupa lugar dos EUA e se torna 2º maior mercado da carne bovina brasileira pós-tarifaço
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, afirma que o México “é a bola da vez” para o setor e aposta que o país deve se consolidar como segundo maior mercado da carne bovina brasileira, posto antes ocupado pelos Estados Unidos.
Diante do tarifaço de Donald Trump, as exportações de carne para os EUA caíram abruptamente neste mês de agosto, para 5⁰ lugar. Enquanto o México assumiu a vice posição, atrás apenas da China, de acordo com levantamento da Abiec obtido com exclusividade pela Coluna do Estadão.
Com base em dados do Ministério da Indústria e Comércio até 25 de agosto, as vendas de carne bovina para o México somaram um pouco mais de 10 mil toneladas, sendo o segundo maior volume embarcado no período. Enquanto para os Estados Unidos, as remessas foram de 7,8 mil toneladas, caindo para quinta posição entres os países compradores da carne bovina brasileira, ficando atrás de China, México, Rússia e Chile.

Uma comitiva do Brasil com ministros, secretários e empresários chegou ao México nesta terça-feira, 26.
Perosa integra o grupo e aponta três demandas específicas do setor:
- Negociação de um tratado de livre comércio
- Renovação por dois anos do Pacote Contra Inflação e Escassez (Pacic), que isenta de tarifa de importação uma série de produtos utilizados na preparação de alimentos da cesta básica deles.
- Ampliação do número de frigoríficos brasileiros autorizados a vender ao país.
Exportações Carne Bovina Brasileira
Julho
- China – 160,6 mil t | US$ 881,9 mi (51,2% do total)
- EUA – 18,2 mil t | US$ 119,9 mi
- México – 15,6 mil t | US$ 88,3 mi
- Rússia – 13,8 mil t | US$ 61,5 mi
- UE – 11,8 mil t | US$ 99,4 mi
Agosto (até dia 25)
- China – 115,7 mil t | US$ 644,8 mi
- México – 10,2 mil t | US$ 58,8 mi
- Rússia – 7,9 mil t | US$ 39,2 mi
- Chile – 7,9 mil t | US$ 46,5 mi
- EUA – 7,8 mil t | US$ 43,6 mi