STF reforça segurança para julgamento de Bolsonaro e manterá esquema até posse de Fachin
BRASÍLIA – O esquema reforçado para o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete acusados de tramarem um golpe de Estado já está em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). Foram convocados 30 policiais de tribunais de todo o Brasil para garantir a segurança do prédio, dos ministros e dos arredores do Supremo.
Eles estão dormindo dentro no tribunal e devem permanecer no local até o dia 29 de setembro, quanto o ministro Edson Fachin será empossado presidente da Corte, em substituição a Luís Roberto Barroso. O julgamento da ação penal começa no dia 2 de setembro e tem previsão para terminar no dia 12.

A equipe reforçada também deve garantir a segurança do Sete de Setembro. O feriado do Dia da Independência ficou identificado com manifestações bolsonaristas nas ruas. Nessas ocasiões, o Judiciário costuma ser atacado, bem como os ministros do STF.
As grades que circundam o STF serão mantidas no local e o acesso à Praça dos Três Poderes será restrito. Será mantida a varredura na casa dos ministros, um procedimento que é realizado toda semana, mesmo quando não há julgamentos importantes agendados.
O STF também intensificou a articulação com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Foi definido um conjunto de ações a serem adotadas para evitar invasões ou outros tipos de ataques ao tribunal e aos ministros.
A preocupação do STF com segurança aumentou nos últimos anos, na proporção que cresceram os ataques à Corte, especialmente depois do 8 de janeiro de 2023, quando a sede do tribunal foi invadida, bem como o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Ainda assim, Em 13 de novembro do ano passado, um homem acionou explosivos em frente ao Supremo e morreu.
Antes desses ataques, o STF já costumava reforçar a segurança perto do Sete de Setembro e também em julgamentos considerados mais tensos. Agora, haverá junção dos dois fatores.