27 de agosto de 2025
Politica

Haddad diz que Lula não teria chance nas pesquisas se economia estivesse com dificuldades

SÃO PAULO E BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 27, que, se a economia brasileira estivesse enfrentado dificuldades, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dificilmente teria chance nas pesquisas eleitorais e de popularidade.

“A polarização é grande, o conflito e polarização são grandes. Se é incumbente, precisa sustentar os indicadores”, disse. “Mas está melhor que em 2018. E acredito que temos condição de ter eleição minimamente civilizada”, acrescentou.

Em entrevista ao UOL, ministro comentou que não acredita que o governador de São Paulo e possível candidato à Presidência, Tarcísio de Freitas (Republicanos), “tenha espírito de fazer eleição com baixaria”. Ainda sobre o governador, Haddad disse que Tarcísio disse ser contra taxar super-ricos, assim como ele apoiou a reforma tributária, “indo contra o próprio Bolsonaro”.

Fernando Haddad ao lado de outros ministros em reunião com Lula
Fernando Haddad ao lado de outros ministros em reunião com Lula

Sobre as eleições no ano que vem, o ministro foi questionado se há discussões sobre esse assunto dentro do governo. Ele respondeu que as conversas ainda não começaram, mas que vai ajudar o Brasil de alguma forma, não necessariamente concorrendo nas urnas.

Haddad disse, porém, que a “elite brasileira não vai abraçar Lula”. “Vão ter que viabilizar outro candidato. Elite tem problema com agenda progressista.”

Por outro lado, o ministro da Fazenda disse que “parte boa do PSDB que sobreviveu está apoiando Lula” e avaliou que “isso é significativo”. Ele afirmou acreditar que eleição do ano que vem será uma “disputa para valer”, como em 2022 e que, apesar de entender que toda eleição tem risco, o “campo progressista está preparado para enfrentar o debate”.

Haddad afirmou que comunicou ao presidente do PT, Edinho Silva, não ter interesse de se candidatar em 2026. “Não tenho intenção neste momento de ser candidato em 2026. Já expressei isso no partido. Para o presidente, não tratamos ainda disso, mas já conversei com lideranças do PT”, afirmou.

Segundo o ministro, há pautas importantes para serem tocadas pelo ministério sob sua gestão, como a reforma do Imposto de Renda. O ministro mostrou-se satisfeito com a equipe que lidera. “Sou muito entusiasmado com as pessoas que colaboram hoje comigo na Fazenda”, disse.

 

 

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