Sala da Primeira Turma, onde Bolsonaro será julgado no STF, passa por obras
A sala da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), local em que será realizado o julgamento de Jair Bolsonaro (PL), passou por reformas nesta sexta-feira, 29. De acordo com a assessoria da Corte, a “obra na primeira turma é rotina e tem finalidade de ajustar áudio e vídeo para as sessões”. As mudanças focam na “troca de alguns cabeamentos” e não possuem relação com o julgamento do ex-presidente, segundo o Tribunal.
A Corte diz que, diferente do que foi divulgado em outros veículos de imprensa, as obras “não incluem instalação de novos equipamentos” e câmeras. “A obra faz parte de uma etapa que já havia sido prevista para ser realizada em julho, no entanto, devido a atraso na entrega de materiais, foi realizada e finalizada hoje, 29, uma vez que o trabalho só é realizado nos dias que não tem julgamento ou eventos no auditório”, explica.
Além do ex-presidente, outros sete réus do núcleo 1 serão julgados na sala da Primeira Turma. Eles são: Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).
Todos são acusados dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A condenação pode ser de até 43 anos de prisão, caso eles obtenham pena máxima em cada crime.
O julgamento ocorrerá em sessões extraordinárias em 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, das 9h às 12h. Nos dias 2, 9 e 12 haverá também sessões das 14h às 19h.
O Supremo reservou local para que o público geral possa acompanhar o julgamento de dentro da sala da Primeira Turma. Por limitação de espaço, o Tribunal aceitará somente os 1.200 primeiros cidadãos que se inscreveram, do total de 3.357. O público será dividido entre as oito sessões – 150 pessoas por dia.
Além do público geral, 501 jornalistas brasileiros e estrangeiros se inscreveram para acompanhar o julgamento do ex-presidente no Tribunal. A Corte permitiu que cada veículo inscrevesse dois profissionais, vetando a presença de fotógrafos e cinegrafistas na sessão. Estes profissionais, por outro lado, poderão ficar em um espaço reservado na área externa da Corte.
