Bolsonaro é inocente e STF não pode fazer julgamento político, diz advogado do ex-presidente
O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quarta-feira, 3, que acredita na absolvição de Bolsonaro e que o Supremo Tribunal Federal (STF) não pode fazer um julgamento político. Mais cedo, a defesa negou crimes do ex-presidente e alegou ter sofrido cerceamento durante o processo.
“É uma narrativa fantasiosa. Esperamos que o pavimento político tenha se limitado à acusação. Não posso acreditar em um julgamento político onde se arrisca a penas altíssimas uma pessoa inocente. Não posso esperar isso do Supremo”, disse o advogado, completando que sempre vai acreditar na absolvição de Jair Bolsonaro.
A manifestação da defesa de Bolsonaro foi dividida entre Bueno e o advogado Celso Vilardi. Eles negaram crimes do ex-presidente, atacaram a delação do tenente-coronel Mauro Cid e apontaram cerceamento de direito de defesa.
“Não houve paridade de armas”, disse Vilardi. E acrescentou: “São bilhões de documentos numa instrução de menos de 15 dias, seguida de interrogatório. Houve, efetivamente, com todo o respeito, um cerceamento do direito de defesa”.
Como mostrou a Coluna do Estadão, poucos minutos antes dessa fala Vilardi leu uma mensagem de incentivo e fé de um amigo no WhatsApp: “Creia!”.
Bolsonaro e mais sete réus compõem o “núcleo crucial” do processo da trama golpista. O julgamento desse grupo deve se encerrar no próximo dia durar até o próximo dia 12. Nesta quarta-feira, 3, as defesas dos réus terminarão suas manifestações. As três próximas sessões terão os votos dos ministros da Primeira Turma do STF, iniciando-se pelo relator do caso, Alexandre de Moraes.