5 de setembro de 2025
Politica

Braga Netto quebra dente na prisão e pede a Moraes autorização para exames médicos

O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e réu por tentativa de golpe, quebrou um dente enquanto cumpre prisão preventiva na 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro. De acordo com ofício enviado pelo comandante da unidade ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o militar recebeu atendimento odontológico emergencial na última semana após o incidente.

No mesmo documento, encaminhado a Moraes na quarta-feira, 3, o Exército pede autorização para que Braga Netto faça novos procedimentos médicos em unidades militares de saúde, incluindo exames odontológicos, infiltração no joelho, fisioterapia, ressonância magnética, colonoscopia e endoscopia.

Jair Messias Bolsonaro (PL), e o candidato a vice-presidente da república, General Walter Braga Netto (PL).   FOTO WILTON JUNIOR/ ESTADÃO
Jair Messias Bolsonaro (PL), e o candidato a vice-presidente da república, General Walter Braga Netto (PL). FOTO WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

O comandante da divisão, general Fabiano Lima de Carvalho, justificou que o caso exige exames complementares e que a estrutura do quartel não é suficiente para todos os atendimentos. Não há informações, porém, sobre como ocorreu a quebra do dente.

Em despacho também na quarta, Moraes não liberou de imediato a realização dos exames. O ministro determinou que o Exército informe previamente ao STF as datas, horários e locais dos procedimentos antes de autorizar o deslocamento do réu.

Preso preventivamente desde dezembro de 2024, por ordem de Moraes, Braga Netto está detido em unidade militar em razão da prerrogativa de ser general da reserva. Ele é réu ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro em ação penal que apura a suposta trama golpista após as eleições de 2022. Também respondem ao processo o ex-ministro da Defesa Augusto Heleno, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros aliados.

O julgamento será retomado na terça-feira, 9, com os votos dos cinco ministros da Primeira Turma do STF.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *