6 de setembro de 2025
Politica

Trump diz que governo brasileiro mudou ‘radicalmente para a esquerda’

O presidente norte-americano Donald Trump afirmou nesta sexta-feira, 5, em coletiva na Casa Branca, que o governo brasileiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “foi radicalmente para a esquerda”. A declaração foi dada ao ser questionado sobre uma possível proibição de vistos para as delegações que estarão presentes na Assembleia Geral da ONU, incluindo o Brasil. A abertura do evento acontece no próximo dia 10, em Nova York.

Primeiro, Trump questionou quem estaria banindo integrantes de delegações. Depois, porém, sem confirmar a possibilidade, passou a criticar o atual governo brasileiro.

“Estamos falando sobre coisas. Estamos muito chateados com o Brasil. Nós os tarifamos muito alto por causa do fato de que eles estao fazendo algo muito infeliz”, disse o presidente americano, em referência às tarifas de 50% aplicadas a produtos brasileiros comercializados nos Estados Unidos.

Depois, além de voltar a dizer que “ama o povo do Brasil”, completou: “Temos um ótimo relacionamento com o povo do Brasil. Mas o governo do Brasil mudou radicalmente. Foi muito para a esquerda, foi radicalmente para a esquerda e está prejudicando muito o Brasil. eles estão indo muito mal. Muito mal, então veremos”.

Lula diz que Trump não quer conversar

Também nesta quinta-feira, em entrevista ao SBT, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Donald Trump não quer conversar e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o vice-presidente Geraldo Alckmin não têm interlocutores nos Estados Unidos. Lula ainda reforçou que é o povo americano quem vai pagar mais caro nos produtos que eles compram do Brasil.

Em agosto, Donald Trump disse, em entrevista na Casa Branca, que Lula poderia ligar para ele quando quisesse para conversar. O brasileiro afirmou horas depois que sempre esteve aberto ao diálogo. Contudo, a conversa nunca aconteceu.

Em 30 de julho, o presidente americano assinou a ordem que confirmou a tarifa adicional de 40% sobre o Brasil (além dos 10% inicialmente aplicados como tarifa recíproca), apontando especialmente razões políticas em seu comunicado, com ataques ao governo brasileiro e ao ministro Alexandre de Moraes, em razão do julgamento de seu aliado, Jair Bolsonaro, e da regulação dasbig techs. Apesar disso, quase 700 produtos brasileiros foram isentos da tarifa. Desde então, as negociações estão paralisadas.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *