26 de outubro de 2025
Politica

Gilmar Mendes rebate críticas de bolsonaristas e diz que país ‘não aguenta mais tentativas de golpe’

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes rebateu as críticas feitas à Corte por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 7, e disse que não existe no Brasil “ditadura da toga” nem ministros “agindo como tiranos”. O ministro também criticou a possibilidade de anistia aos acusados pela trama golpista e disse que crimes contra a democracia não podem ser alvo de perdão.

“O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”, disse o decano da Corte, em mensagem publicada em sua rede social.

Ministro Gilmar Mendes em sessão plenária do STF
Ministro Gilmar Mendes em sessão plenária do STF

Apesar de não citar nominalmente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Gilmar Mendes rebateu as declarações feitas por ele na tarde deste domingo dizendo que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como [Alexandre de] Moraes”.

“No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento. Não há no Brasil ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais”, afirmou Mendes.

O ministro prosseguiu ainda citando fatos envolvendo a gestão do ex-presidente Bolsonaro, como as mortes na pandemia da covid-19 e os ataques ao sistema eleitoral.

“Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, afirmou Gilmar.

 

 

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