9 de setembro de 2025
Politica

Irritação de Alcolumbre com Flávio Bolsonaro dificulta mais o avanço da anistia no Senado; entenda

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), relatou a pessoas próximas que ficou irritado com a cobrança pública feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), durante os atos de 7 de setembro, sobre a anistia. De acordo com aliados ouvidos pela Coluna do Estadão, a pressão feita no palanque torna ainda mais difícil o apoio de Alcolumbre à pauta bolsonarista. Procurado, o parlamentar não comentou.

“Presidente Hugo Motta, presidente Davi Alcolumbre, com todo o respeito que tenho a Vossas Excelências, não existe meia anistia, não existe anistia criminal sem a anistia eleitoral. A nossa Constituição é muito clara e não deixem, presidentes Hugo e Davi, que o nosso Poder Legislativo seja, mais uma vez, pisado por Alexandre de Moraes, humilhado por Alexandre de Moraes”, disse Flávio, no protesto em Copacabana (RJ).

Alcolumbre tem se colocado como principal barreira a uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, como tem defendido o PL, que inclua o ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo julgamento no Supremo Tribunal Federa (STF) por tentativa de golpe será retomado nesta terça-feira, 9.

Na semana passada, após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mergulhar de vez nas articulações pela anistia, com as bênçãos de PP e União Brasil, Alcolumbre tirou da gaveta a ideia de aprovar uma proposta que reduza as penas dos condenados do 8/1 que participaram da depredação dos prédios dos três Poderes, mas não financiaram nem planejaram os ataques. Esse alívio, contudo, excluiria Bolsonaro e outros sete reús na ação penal da trama golpista.

Como mostrou a Coluna, bolsonaristas chegaram a apelar ao presidente do União, Antonio Rueda, para que convencesse Alcolumbre a mudar de ideia e apoiar uma anistia completa. Mas o presidente do Senado permanece irredutível.

Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado
Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado

 

 

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