12 de setembro de 2025
Politica

Crônica anunciada e água fria em plano para perdoar Bolsonaro; colunistas analisam condenação

O Supremo Tribunal Federal condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão na ação da trama golpista. O julgamento, encerrado nesta quinta-feira, 11, também condenou todos os demais sete réus que integram o núcleo crucial da organização criminosa que tentou o golpe de Estado.

O resultado do julgamento, a primeira condenação de um ex-presidente por tentativa de golpe, foi assunto dos colunistas do Estadão.

Veja o que eles disseram:

Carolina Brígido: STF joga balde de água fria no plano de perdoar Bolsonaro

A colunista Carolina Brígido analisa que o STF enviou diversas mensagens com o julgamento. A mais importante, diz, é que a Corte tem disposição para punir quem ataca a democracia, a despeito de sanções de outros países e pressões políticas.

“Outra mensagem joga um balde de água fria no plano de Jair Bolsonaro de ser perdoado no futuro. Moraes e Dino afirmaram categoricamente que crimes contra cláusulas pétreas da Constituição Federal não podem ser alvo de anistia do Congresso Nacional, ou de indulto do presidente da República“, escreve.

Ricardo Corrêa: Bolsonaro foi condenado por golpe que sempre pregou

O colunista Ricardo Côrrea afirma que Bolsonaro há três décadas prega e pratica ações para desestabilizar a democracia.

“O golpe, que prossegue mesmo em meio ao julgamento que o condena, até com ameaça de uso de força militar americana, parece não ser capaz de impedir um destino pelo qual Bolsonaro sempre fez por onde”, analisa ele.

Francisco Leali: ‘crônica da condenação anunciada chega ao fim’

Franscico Leali também volta ao início da trajetória política de Bolsonaro para analisar a condenação. “O político inelegível agora também é condenado. Entre os primeiros rabiscos desenhando uma bomba para explodir lá nos idos de década de 1980, ato que sempre negou, até o 2025 o ex-capitão do Exército foi ladeira acima até o Palácio do Planalto”, escreve ele.

Fabiano Lana: hora é de diminuir fervura social e Moraes deveria finalizar inquéritos

O colunista Fabiano Lana escreve que Bolsonaro foi condenado por algo que já desejou publicamente para o Brasil: uma ditadura. Ele afirma que não há nada a comemorar, pois passam-se séculos e o País não consegue amadurecer institucionalmente, com mais um ex-presidente na cadeia.

Lana avalia que a condenação de Bolsonaro será sempre controversa. “Certos ou errados, não estaria na hora de tentar diminuir a fervura social? O primeiro passo deveria ser do Supremo Tribunal Federal. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes finalizar seus inquéritos que ajudam a deixar o País em estado de eterna tensão. Caberia às forças agora vencedores não tripudiarem. Até porque a roda da história gira”, finaliza ele.

 

 

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