30 de setembro de 2025
Politica

Governador do ES defende cautela para anistia pelo 8/1: ‘É preciso encontrar um caminho’

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse nesta segunda-feira, 15, que uma anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro deve ser tratada com cautela pelo Congresso. Segundo o governador, é necessário encontrar um caminho equilibrado, especialmente diante da rejeição de parte da sociedade à medida. Pesquisa Datafolha divulgada no sábado, 13, mostrou que a anistia é rejeitada por 54% dos brasileiros.

“É lógico que a sociedade brasileira, em sua grande maioria, as pesquisas demonstram isso, não aceita uma anistia às pessoas que participaram de processos de agressão às nossas instituições. Então, é preciso achar um caminho”, afirmou Casagrande em entrevista à CNN Brasil.

Renato Casagrande afirma que anistia deve ser tratada com cautela
Renato Casagrande afirma que anistia deve ser tratada com cautela

O governador acrescentou que o Congresso Nacional pode assumir a responsabilidade de tratar o tema com profundidade. “O Congresso pode se debruçar sobre este assunto para tentar encontrar um caminho que dê uma dimensão, uma dosimetria mais adequada para esse tema, para que possamos distensionar esse assunto, que de fato está polarizando a política brasileira”, disse.

Casagrande também comentou sobre o cenário de tensão política no País e afirmou que governadores aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foram chamados para atuar na discussão sobre a anistia.

“Os governadores, em sua maioria, não estão envolvidos nesse tema. A imprensa cita, por exemplo, que o Tarcísio (de Freitas, Republicanos, governador de São Paulo) está envolvido, mas, nos diálogos que fazemos no grupo dos governadores, não há participação da grande maioria. Não houve nenhum pedido do governo federal para que os governadores se envolvessem nesse assunto. Portanto, não há participação nossa nesse tema”, afirmou.

O governador também disse esperar que o assunto seja resolvido de forma a reduzir as tensões políticas, especialmente com a proximidade das eleições de 2026. Casagrande mencionou os efeitos negativos da polarização, que, segundo ele, tem gerado episódios de violência tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, e reforçou a importância de se preservar a convivência democrática e pacífica.

 

 

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