15 de setembro de 2025
Politica

Indicada por Lula, advogada Verônica Sterman tomará posse no STM neste mês

A advogada Verônica Sterman tomará posse no fim deste mês no Superior Tribunal Militar (STM). Indicada pelo presidente Lula (PT) para uma vaga de civil na Corte, Sterman participará do julgamento, no próximo ano, que definirá se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados perderão a patente militar após a condenação do “núcleo crucial” da ação da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF).

A advogada já defendeu a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, durante a Operação Lava Jato. Apesar dessa ligação, Sterman foi elogiada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) durante a sabatina no Senado, no mês passado: “Quero aqui, de público, doutora Verônica, lhe desejar muito sucesso em um tribunal militar”.

Sterman será a segunda mulher nomeada ministra do STM, tribunal mais antigo do País, fundado em 1808. A primeira foi a atual presidente da Corte, ministra Maria Elizabeth Rocha, indicada por Lula em 2007.

Advogada Verônica Sterman em sabatina no Senado
Advogada Verônica Sterman em sabatina no Senado

STM julgará Bolsonaro e aliados condenados pelo STF em 2026

Depois que terminarem todos os recursos no processo da trama golpista, em curso no STF, o Ministério Público Militar fará uma representação ao STM pedindo a indignidade dos condenados a mais dois anos de prisão.

O plenário da Corte militar definirá sobre a perda da patente militar para Bolsonaro e outros militares da reserva, a exemplo do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, e os generais Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.

Em entrevista ao Estadão, o procurador-geral da Justiça Militar, Clauro de Bortolli, afirmou que deve tomar essa medida assim que a ação for encerrada no Supremo.

Corte trocará dois ministros do Exército neste ano

Dois ministros do Exército se aposentarão nos próximos meses e serão substituídos, como de praxe, pelos mais antigos da Força. O presidente da República só indica ministros para as cadeiras de civis, que são cinco dentre as 15 da Corte.

O ministro general Marco Antônio de Farias se aposentará em outubro. No mês seguinte, será a vez do ministro general Odilson Sampaio Benzi.

 

 

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