16 de setembro de 2025
Politica

Lula articula estratégia com Motta para barrar projeto de anistia a Bolsonaro

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que o governo reforçará a ofensiva contra o projeto de anistia a Jair Bolsonaro, seu antecessor no cargo, e aos demais condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro. Lula e Motta acertaram uma estratégia para barrar o avanço da proposta em almoço no Palácio da Alvorada, que também contou com a participação da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Apesar da pressão do PL de Bolsonaro, o governo e a cúpula do Congresso avaliam que a oposição não tem apoio suficiente para aprovar o projeto de indulto amplo, geral e irrestrito aos envolvidos nos atos golpistas.

Lula e Motta almoçam no Alvorada para tratar de anistia e outras pautas de interesse do Planalto, como isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil
Lula e Motta almoçam no Alvorada para tratar de anistia e outras pautas de interesse do Planalto, como isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

Mesmo assim, se a maioria dos líderes partidários definir que é preciso pautar a votação da urgência da proposta – até mesmo para resolver essa novela –, o Palácio do Planalto garante ter votos para derrotar os bolsonaristas. A reunião de Motta com o colégio de líderes está marcada para esta terça-feira, 16.

Nos últimos dias, o Planalto avisou aos aliados de partidos com apadrinhados no primeiro escalão que quem votar a favor da anistia a Bolsonaro perderá os cargos. O Centrão está nessa lista.

Poucas horas antes mesmo da condenação do ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira, 11, Gleisi disse achar difícil que o Congresso compre essa briga com a Corte.

“Não cabe anistia a esses crimes que foram praticados, seja por bagrinho, seja por bagrão, seja por tubarão. Somos contra a anistia de qualquer sorte”, afirmou Gleisi ao Estadão. “Pautar esse projeto representa um confronto com o Supremo. É um ataque frontal”.

 

 

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