PF abre processo disciplinar que pode levar à demissão de Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA
A Polícia Federal abriu um processo disciplinar para investigar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que é escrivão concursado da corporação, pela atuação dele nos Estados Unidos em favor de sanções a autoridades brasileiras e de taxações ao Brasil.
O procedimento administrativo tramita em sigilo. Uma das punições possíveis é a demissão de Eduardo Bolsonaro.
O processo foi aberto a partir de uma representação do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP).
Ao acionar a PF, Boulos defendeu que, além de gerar consequências na esfera criminal, a campanha de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos também viola regras de conduta do serviço público.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime contra a soberania nacional, coação no curso do processo e obstrução de investigação. Todos esses delitos são crimes contra a administração pública e, por isso, também são considerados infrações disciplinares.
Eduardo está licenciado da Câmara dos Deputados. Se no futuro ele perder o mandato por faltas e não se apresentar para trabalhar na Polícia Federal, corre o risco de ser demitido por abandono de cargo.
A última lotação de Eduardo na PF, antes de entrar para a vida política, foi no Rio de Janeiro. Enquanto está afastado, o nome dele fica vinculado ao setor de gestão de pessoal, quadro de quem não está em exercício. Se eventualmente retornar, será designado a uma nova delegacia. Isso caso não seja demitido.
COM A PALAVRA, O DEPUTADO
O Estadão busca contato com Eduardo. O espaço está aberto para manifestação.