União Brasil dá 24 horas para filiados deixarem cargos no governo Lula
BRASÍLIA – O União Brasil divulgou nesta quinta-feira, 18, uma resolução da Comissão Executiva Nacional do partido que determina aos filiados que requeiram as suas exonerações imediatas dos ministérios do governo Lula ou de funções de confiança em autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista ligadas indiretamente à União.
De acordo com a resolução, a exoneração deverá ser efetivada em até 24 horas, a contar da data de aprovação, considerando a deliberação tomada em reunião da Comissão Executiva nesta quinta.

A norma prevê que a não observância da determinação “sujeitará o infrator às sanções previstas no Estatuto, após regular tramitação de processo disciplinar instaurado no âmbito da Comissão Executiva Nacional”. A resolução é assinada pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda.
O partido anunciou o desembarque oficial do governo em 2 de setembro, junto com o Progressistas, legenda com a qual tem uma federação.
Atualmente, o ministro do Turismo, Celso Sabino, é filiado ao União Brasil. O partido também controla outras duas pastas por meio de Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), mas essas últimas indicações são atribuídas ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de forma pessoal.
Em nota o União reclamou do que considera ser uso dos órgãos de investigação do governo para atingir o presidente do partido. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou a nota do União.
Repudio as acusações infundadas e levianas feitas em nota divulgada hoje pela direção do partido União Brasil. A direção do partido tem todo direito de decidir a saída de seus membros que exercem posições no governo federal. Aliás, não é a primeira vez que fazem isso. O que não…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) September 18, 2025
“Repudio as acusações infundadas e levianas feitas em nota divulgada hoje pela direção do partido União Brasil. A direção do partido tem todo direito de decidir a saída de seus membros que exercem posições no governo federal. Aliás, não é a primeira vez que fazem isso. O que não pode é atribuir falsamente ao governo a responsabilidade por publicações que associam dirigente do partido a investigações sobre crimes. Isso não é verdade”. diz a ministra.