19 de setembro de 2025
Politica

Corregedor da Câmara pede suspensão do mandato de três deputados por motim; saiba quais

BRASÍLIA – O Corregedor da Câmara dos Deputados, deputado Diego Coronel (PSD-BA), pediu, nesta sexta-feira, 19, a suspensão do mandato do deputado Marcos Pollon (PL-MS) por 120 dias, e dos deputados Zé Trovão (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS) por 30 dias pelo motim da oposição que impediu os trabalhos do plenário da Câmara dos Deputados neste mês de agosto.

Os três tiveram papel de protagonismo no motim. Trovão tentou impor uma espécie de barreira física para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) retomar o controle da Casa, enquanto Pollon e Van Hattem foram os últimos a ceder a cadeira para Motta.

A partir da recomendação de punição, o caso vai para a Mesa Diretora da Câmara, que então encaminha as representações, individualizadas, ao Conselho de Ética. A expectativa, segundo representantes do Conselho, é que os documentos já cheguem na segunda-feira, 22. A punição começa a ser aplicada após aprovação decisão do plenário.

Além dessa punição, foi também indicada censura escrita para Pollon, Trovão, Van Hattem, Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Pr. Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL; e Zucco (PL-RS), líder da oposição.

A partir da recomendação, o caso vai para a Mesa Diretora da Câmara, que então encaminha as representações, individualizadas, ao Conselho de Ética. A expectativa, segundo representantes do Conselho, é que os documentos já cheguem na segunda-feira, 22. A punição começa a ser aplicada após aprovação do Conselho.

odos os três parlamentares com punição indicada foram procurados. Pollon acredita que a decisão será “técnica” e que o protesto foi “legítimo, pacifico e dentro da lei”. “Ser punido por defender o povo é privilégio de quem não é covarde. Se ocorrer eventual punição, é um certificado que em momentos de grave crise institucional, não me acovardei, não me omiti e não me vendi”, afirmou.

Zé Trovão disse que 30 dias “não são nada” em comparação à luta pela anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. “Se a punição vem porque eu não me calei, então que fique claro: eu sigo do lado da verdade, do povo e daquilo que acredito. Mandato não é privilégio, é missão. E missão não se suspende. Continuaremos defendendo de maneira árdua, aquilo que acreditamos. Com coragem para defender a confiança de quem nos elegeu”, afirmou.

Van Hattem não respondeu ao contato da reportagem. O espaço segue aberto.

Líderes precisaram agir para reestabelecer o lugar de Hugo Motta na cadeira da presidência da Câmara
Líderes precisaram agir para reestabelecer o lugar de Hugo Motta na cadeira da presidência da Câmara

“Atuamos com imparcialidade, analisamos cada conduta de forma individual e cumprimos o nosso compromisso de agilidade, entregando nosso relatório passados 22 dias úteis da representação, ou seja, metade do prazo. Agora, cabe à Mesa decidir sobre as recomendações apresentadas”, disse o corregedor.

Segundo o corregedor, parte da punição da maior a Pollon em relação aos demais se deveu ao fato de ter feito declarações difamatórias contra a presidência da Câmara. Como revelou o Estadão, Pollon chamou Motta “bosta” e “baixinho de um metro e 60″ em uma manifestação bolsonairsta.

Foram 90 dias de suspensão cautelar para Pollon, mais 30 dias pela obstrução o aceso à cadeira da presidência da Câmara. Por isso, Trovão e Van Hattem também foram punidos pelos mesmos 30 dias.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *