20 de setembro de 2025
Politica

Eduardo Bolsonaro critica ‘fantoches’ após reunião de Temer, Aécio e Paulinho da Força sobre anistia

RIO – Um dia após o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de anistia, se reunir com o deputado federal Aécio Neves (PSDB) e com o ex-presidente Michel Temer (MDB), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais nesta sexta-feira, 19, para criticar o que ele chamou de “puppets” – em referência aos fantoches infantis – que estariam sendo usados como “porta-vozes da moderação”.

“O regime resgata das profundezas seus ‘pupets’, endividados com seus algozes, para servirem de porta-vozes da ‘moderação’. Não adiantará. Anistia é sobre fatos!“, escreveu o deputado.

A indireta para Paulinho da Força, Aécio e Temer vem na esteira de críticas públicas do relator da anistia aos posicionamentos de Eduardo. Em entrevista para a GloboNews, Paulinho da Força afirmou que espera que Eduardo “possa pôr a mão na consciência” e que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “já fez muita besteira”.

“Se tiver novas sanções, no meio da discussão desse projeto, vai atrapalhar e muito. Espero que o Eduardo Bolsonaro, que já fez algumas besteiras quando fez o tarifaço contra o Brasil, possa pôr a mão na consciência e perceber que qualquer coisa que fizer neste momento de sancionar o País ele coloca fogo no parquinho.”

Encontro Paulinho Força Aécio Temer
Encontro Paulinho Força Aécio Temer

O encontro entre Paulinho da Força, Michel Temer e Aécio Neves, em São Paulo, teve a participação virtual do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Eles discutiram o projeto de lei que reduz as penas dos envolvidos ao 8 de Janeiro. Até então chamado de “PL da Anistia”, o texto passou a ser chamado pelos participantes da reunião de “PL da Dosimetria”.

Em um vídeo gravado após o encontro, Paulinho da Força disse que a proposta pretende “pacificar o Brasil”. Temer referiu-se ao projeto como um “pacto republicano”. Segundo Aécio Neves, a nova abordagem, reduzindo penas em vez de anistiar os crimes, não coloca o Congresso em confronto com o Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte já deixou claro que o perdão a crimes contra o Estado Democrático de Direito é inconstitucional.

 

 

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