23 de setembro de 2025
Politica

Alesp aprova indicação de ex-ministro de Bolsonaro e aliado de Tarcísio para o TCE-SP

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A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira, 23, a indicação do controlador-geral do Estado, Wagner Rosário, para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). Foram 59 votos favoráveis e 16 contrários. Rosário ocupará a vaga do ex-presidente do TCE-SP, Antônio Roque Citadini, que se aposentou em agosto dias antes de completar 75 anos, idade da aposentadoria compulsória.

Ele foi indicado para o cargo pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), no dia 21 de agosto, mas a oposição obstruiu a votação. Outro fator que contribuiu para a demora foi a dificuldade de reunir deputados da base de governo para votar a indicação, já que parte dos parlamentares alinhados com o Palácio dos Bandeirantes viajaram para Israel e para Taiwan nas últimas semanas.

Wagner Rosário
Wagner Rosário

Ex-capitão do Exército, Rosário foi ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) nos governos de Michel Temer (MDB) e de Jair Bolsonaro (PL). Em 2023, assumiu o posto de controlador-geral de São Paulo, já no governo Tarcísio.

O governador escolheu o controlador-geral de Minas Gerais, Rodrigo Fontenelle, como substituto de Rosário no governo paulista. Tarcísio, Rosário e Fontenelle foram contemporâneos na CGU, onde atuaram como auditores fiscais no início da carreira no serviço público.

O TCE-SP tem como principal função a fiscalização e o julgamento das contas do governo de São Paulo e dos municípios paulistas, com exceção da capital, que conta com um tribunal próprio. São sete conselheiros, com salário de R$ 46.366,19 por mês.

Líder do PSOL, o deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL) criticou a indicação e disse que o esquema de fraudes nos créditos de ICMS na Secretaria da Fazenda aconteceram “debaixo dos olhos” de Rosário.

“A gente não pode presentear uma pessoa com esse currículo dando pra ele um cargo vitalício com tanta responsabilidade como fiscaliza as contas públicas do estado de São Paulo e um salário de R$ 46 mil”, disse Cortez.

Barros Munhoz (PSDB) defendeu a escolha de Tarcísio. “Eu fico chateado as pessoas fazerem as acusações que fazem contra o Wagner. O que ele tem de maléfico? Ele foi da CGU. É mais do que Tribunal de Contas. Nós já aprovamos gente nesta Casa que não tinha o cabedal nem o currículo que ele tem. É uma pessoa que só tem um currículo positivo”, disse ele.

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