OAB tenta blindar advogados alvos da CPI do INSS
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu nesta quinta-feira, 25, que a CPI do INSS respeite prerrogativas da advocacia, como o sigilo profissional. Mais cedo, o colegiado aprovou a quebra de sigilo bancário e um pedido de prisão contra o advogado Nelson Willians, investigado pela Polícia Federal (PF). Também houve bate-boca entre parlamentares e o advogado Cleber Lopes, defensor do empresário Antonio Antunes, o “Careca do INSS”.
O documento da OAB foi enviado ao presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG). A entidade mostrou preocupação com a investigação de contratos de advogados e alertou para a criminalização do exercício da advocacia.
Na manhã desta quinta-feira, 25, o colegiado aprovou a quebra de sigilos fiscais e bancários do advogado Nelson Willians, além de pedir sua prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão do advogado já havia sido solicitada pela Polícia Federal, mas não foi autorizada pelo Supremo.
Willians foi alvo de uma operação de busca e apreensão da PF no último dia 12. Segundo a PF, o escritório de advocacia de Willians teve transações financeiras suspeitas de R$ 4,3 bilhões entre 2019 e 2024. Nelson Willians nega irregularidades.
Advogado protestou depois que cliente foi chamado de ‘ladrão’
O relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), chamou de “ladrão” o empresário Antonio Antunes, o “Careca do INSS”. O advogado do empresário, Cleber Lopes, protestou. Em seguida, o deputado Zé Trovão (PL-SC) se levantou e colocou o dedo em riste contra o advogado. A sessão foi interrompida temporariamente e houve intervenção de seguranças do Senado.
