Carlos Bolsonaro pede revogação da prisão do pai e diz que Moraes ‘está em silêncio’
O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) cobrou nesta sexta-feira, 26, a revogação da prisão domiciliar do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em seu perfil no X, antigo Twitter, ele disse que o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), está em “silêncio”.
A defesa do ex-presidente pediu a Moraes a revogação depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não o incluiu na denúncia por coação no processo. De acordo com os advogados do ex-chefe do Executivo, como ele não foi denunciado, não há justificativa para manter a prisão. A prisão domiciliar de Bolsonaro se deve ao descumprimento de cautelar no âmbito dessa investigação.

Na publicação, que fixou em seu perfil do X, Carlos disse que “Jair Bolsonaro segue com tornozeleira, prisão domiciliar e banido das redes por um inquérito que nunca foi denunciado”.
“As medidas já deveriam ter sido revogadas de ofício. A defesa protocolou o pedido, mas após mais de 72h o relator segue em silêncio, assim como todos que querem o que julgam ser seu ‘espólio eleitoral’!”, afirmou.
– Jair Bolsonaro segue com tornozeleira, prisão domiciliar e banido das redes por um inquérito que NUNCA foi denunciado.
– As medidas já deveriam ter sido revogadas de ofício. A defesa protocolou o pedido, mas após mais de 72h o relator segue em silêncio, assim como todos que…
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) September 26, 2025
Os advogados de Bolsonaro, Paulo Amador Cunha Bueno e Celso Vilardi, afirmam que, sem acusação, não há como a prisão domiciliar ser mantida “de forma legal”.
No entanto, a denúncia por si só não encerra o inquérito, já que a PGR pode continuar investigando o ex-presidente. Moraes deve pedir um parecer do procurador-geral da República sobre o pedido da defesa, que terá que opinar sobre a manutenção da prisão.
Bolsonaro cumpre medidas cautelares há dois meses, incluindo tornozeleira eletrônica e restrição de entrada em embaixadas e consulados. Em 4 de agosto, Moraes converteu essas medidas em prisão domiciliar após descumprimento das determinações, já que o ex-presidente apareceu em vídeo nas redes sociais dos filhos.
Posteriormente, em 11 de setembro, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por tentativa de golpe de Estado. Apesar da sentença, o ex-presidente não deve ser preso de imediato, já que a pena só passa a ser executada após o trânsito em julgado, quando todos os recursos forem analisados.