Estudantes da rede municipal participam de rodas de conversa sobre saúde mental
Com a temática “Você não está só!”, a Coordenadoria de Transversalidade da Gerência de Inclusão e Diversidade da Secretaria Municipal de Educação (Smed) promove rodas de conversa com o objetivo de discutir a saúde mental de estudantes matriculados em dez escolas municipais soteropolitanas. A atividade teve início no último dia 24 e segue até esta quarta-feira (1º).
Em uma semana, a iniciativa atendeu cerca de 375 alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental. A ação acontece no âmbito do Setembro Amarelo, uma campanha de valorização à vida, cuidado com a saúde mental e prevenção do suicídio. Na ação realizada nesta terça (30), no Centro de Investigação da Mata Atlântica (Cima), no bairro do Bonfim, participaram cerca de 50 alunos do 6⁰ ano da Escola Municipal da Engomadeira.
A atividade foi conduzida pela escritora e psicóloga Emile Lima que, em sua palestra, buscou auxiliar os jovens neste fortalecimento de vínculos, apresentando formas de lidar com a temática de autoviolência e automutilação.
“Estamos trabalhando a temática do Setembro Amarelo. É importante fazer esse trabalho junto a crianças e adolescentes, principalmente alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental. É preciso mostrar a eles a importância de falar sobre essa questão, refletir, olhar para si e entender que eles não estão sozinhos. E, não estando sozinhos, é possível voltar um pouco para esse zelo de autocuidado, da autoestima”, destacou Emile Lima.
Gilmária Oliveira, coordenadora de Transversalidade da Gerência de Inclusão e Diversidade da Smed, lembrou que o evento é importante por focar na saúde mental das crianças e adolescentes: “Estamos no Setembro Amarelo, que coloca uma luz sobre este assunto. Mas é importante ressaltar que todo dia é momento para trabalhar as questões emocionais com nossos estudantes”.
Esse alerta, acrescentou ela, ficou mais intenso no pós-pandemia da Covid-19, quando muitos jovens passaram a confrontar diversas questões novas a respeito deste tema.
“Eles precisam deste apoio. Ainda não atingimos os quase 10 mil alunos do sistema, mas queremos que essa semente floresça e que se expanda, por meio de ações nas escolas, junto aos professores e toda a comunidade escolar. Nosso ponto focal é trabalhar no combate ao suicídio e contra as violências autoprovocadas. Queremos potencializar a questão da saúde mental, a fim de fornecer ferramentas para que estes jovens enfrentem as dificuldades, os ‘nãos’ da vida, as crises de ansiedade, tristezas e ausências, para que saibam lidar melhor com isso.”
Para a coordenadora da Escola Municipal da Engomadeira, Marilene Cajé, as rodas de conversas são a porta de entrada para conscientizar os estudantes sobre a importância da vida.
“Aqui, cada um também passa a valorizar cada vez mais a vida, como é importante viver, como é importante se valorizar e saber encarar os problemas, vendo sempre as soluções. A gente já trabalhou o mês inteiro e, hoje, fechamos com esse evento aqui, fazendo essa visita. Depois, teremos uma produção textual, quando eles vão colocar o que viram e ouviram sobre a conclusão do Setembro Amarelo”, explicou.
Fotos: Jefferson Peixoto
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