1 de outubro de 2025
Salvador

Formação aborda prática, acolhimento e realidade do Transtorno do Espectro Autista

Professores e coordenadores pedagógicos da rede municipal participaram da formação “Transtorno do Espectro Autista: prática, acolhimento e realidade”. O encontro realizado nos dias 23, 25, 30/09 e 1º de outubro, no Centro de Formação Emília Ferreiro. A iniciativa tem o objetivo de ampliar a compreensão sobre o TEA, a partir de uma perspectiva prática e acolhedora, promovendo debates sobre as diferentes realidades vividas pelas pessoas com a condição neurológica que se manifesta geralmente na infância.

Durante a formação, especialistas da Associação de Amigos do Autista da Bahia (AMA-BA) destacaram a importância de reconhecer as características do espectro em seus múltiplos níveis, desconstruindo preconceitos e construindo um olhar mais humano e inclusivo. Estratégias pedagógicas, estudos de caso e vivências ajudam a aproximar teoria e prática, mostrando como o acolhimento pode transformar contextos escolares e sociais.

A gerente de Inclusão e Diversidade da Secretaria Municipal da Educação (Smed), Daniela da Hora, destaca a importância de espaços de formação continuada que unam conhecimento técnico, sensibilidade e compromisso social, mostrando que a inclusão é construída no dia a dia, com acolhimento e respeito às singularidades. “A AMA traz uma proposta de trabalho para os professores da Educação Infantil em TEA mostrando que a inclusão é feita a cada dia.

O papel da escola no processo de inclusão dos alunos com TEA foi um dos pontos altos da discussão, pois os professores compartilharam experiências reais e refletiram sobre como pequenas adaptações e atitudes empáticas podem fazer grande diferença na vida da pessoa com transtorno.

Conforme Rita Brasil, fundadora e presidente da AMA-BA, dividir conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista é o ponto de partida para o processo de inclusão acontecer. “A formação aborda a importância dos pilares da AMA, que são: Afetivo; Comunicativo; Autonomia; Motor e Cognitivo. Todos os aspectos que foram abordados servirão para a elaboração de um Plano de Atendimento Individualizado (PAI)”.

A fundadora da Associação explica como os profissionais da educação podem identificar dificuldades no desenvolvimento típico a partir de observações da socialização das crianças: (Olha nos olhos? Busca outras crianças para brincar?). Quanto à comunicação (Fala? É compreendida ao falar? Mantem objetos firmemente, se recusa soltá-los? Quanto aos processos de autonomia (usa o banheiro? Come sozinha?) e com relação a alterações sensoriais (Incomoda-se com barulhos? Rejeita o toque? Apresenta reação extrema ao sentir alguma textura?). “Percebida essas dificuldades os professores deverão socializar as informações com a coordenação e direção a fim de que o corpo técnico possa dialogar com a família”, destacou Rita Brasil.

Rita enfatiza que a escola é um espaço privilegiado de inserção no campo social, sendo o primeiro local de socialização fora do contexto familiar. “O papel da escola no processo de inclusão é de efetivar as possibilidades do sujeito nos contextos de aprendizagem, garantir seu lugar na dinâmica escolar, sua segurança neste espaço e compreender este sujeito em sua singularidade, adaptando-se às suas necessidades”.

Fotos: Louise Vívian

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