Robinho vai recorrer ao STF para reduzir pena por estupro
A defesa do ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reduzir a pena no caso em que ele foi condenado por estupro. A Justiça italiana impôs nove anos de prisão ao atleta, inicialmente em regime fechado. Robinho está preso há um ano e meio no Centro Penitenciário Tremembé II.
Nesta semana, os advogados de Robinho apresentaram um último recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde todas as alternativas se esgotaram. A praxe é que, agora, o presidente da Corte encaminhe o caso ao STF, última instância da Justiça.
Segundo a defesa do atleta, a pena de Robinho deveria ser não de nove anos, como decidido pela Justiça italiana, mas de seis. Se essa tese for aceita pela Justiça brasileira, ele passará ao regime semiaberto.
Por outro lado, a União Brasileira de Mulheres (UBM), integrante do processo, tem afirmado ao STJ que não cabe ao Brasil mudar a pena de Robinho. “Vamos enfrentar os recursos da defesa de Robinho para não permitir um estado de impunidade frente ao gravíssimo crime praticado pelo jogador contra uma mulher”, disse o advogado da entidade, Carlos Nicodemos.

Ex-jogador da seleção brasileira foi condenado por estupro coletivo
Robinho foi condenado por estupro de uma jovem albanesa em 2013, quando jogava no Milan. O caso aconteceu em uma boate italiana, e outros cinco amigos do ex-jogador estavam envolvidos. Um deles, Roberto Falco, também está preso.
Na Itália, Robinho foi condenado nas três instâncias, sendo a última em 2022. Na época, ele já havia retornado ao Brasil. O governo italiano, então, fez um pedido de extradição. Como o País não extradita brasileiros, a Justiça italiana pediu que a sentença de nove anos de prisão fosse cumprida no Brasil.