Empresários alegam ao Congresso que IR pode ser ‘pedra no sapato’ de Lula no diálogo com Trump
Com a abertura de diálogo entre Brasil e Estados Unidos sobre o tarifaço, empresários têm argumentado a parlamentares que a taxação de dividendos de residentes no exterior, uma das medidas que compensam o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, pode ser uma “pedra no sapato” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no diálogo com o chefe da Casa Branca, Donald Trump.
A proposta, aprovada na Câmara e em tramitação no Senado, prevê que pessoas físicas e jurídicas residentes no exterior tenham os dividendos acima de R$ 50 mil mensais tributados em 10% na fonte. Os empresários, segundo apurou a Coluna do Estadão, têm alegado no Congresso que medida pode espantar investidores estrangeiros e desagradar aos EUA.
A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês foi promessa de campanha de Lula em 2022 e será um de seus principais trunfos para a tentativa de reeleição em 2026. O texto foi relatado na Câmara pelo ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL). No Senado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi oficializado na relatoria, e ele pode fazer mudanças.
