9 de outubro de 2025
Politica

Rede social informa ao STF que não vai reativar conta de Carla Zambelli

A plataforma LinkedIn informou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que não vai restabelecer o perfil da deputada Carla Zambelli (PL-SP), condenada em duas ações penais na Corte.

Em ofício enviado ao gabinete do ministro no fim de setembro, a rede social diz que o perfil da parlamentar foi removido por “violações das políticas da plataforma”. Segundo a empresa, a conta foi desativada antes de ordem judicial emitida por Moraes em junho. O conteúdo publicado pela deputada foi enviado ao Supremo.

Carla Zambelli está presa em Roma, na Itália, desde o mês de julho
Carla Zambelli está presa em Roma, na Itália, desde o mês de julho

“A conta já havia sido indisponibilizada por violação das políticas internas, antes mesmo da determinação anteriormente emanada por esta Corte. Por essa razão, a conta não poderá voltar a ficar ativa, diante da violação de natureza contratual cometida”, afirmou a plataforma.

Zambelli estava proibida de usar redes sociais desde que teve sua prisão preventiva decretada por Moraes em junho, depois de sua condenação no STF por falsidade ideológica e invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Ao fugir do Brasil, a parlamentar foi presa na Itália, está na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, e enfrenta processo de extradição. Em agosto, foi condenada em outro processo por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, em episódio em que perseguiu um homem na rua segurando uma arma.

O ministro Alexandre de Moraes revogou em 24 de setembro o bloqueio das redes sociais da deputada, mantendo a exclusão de postagens consideradas ilícitas e proibindo novas publicações com desinformação ou ataques às instituições e ao Estado Democrático de Direito. Em caso de descumprimento, a multa diária fixada é de R$ 20 mil por perfil.

No ofício enviado ao STF, o LinkedIn Brasil afirma que, embora entenda que a decisão que fixou a multa seja endereçada a Zambelli, e não à empresa, “reforça seu espírito colaborativo e de boa-fé para com esta C. Suprema Corte, se coloca à disposição para atender novas requisições/providências, desde que tecnicamente viáveis e observados os requisitos legais”.

 

 

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