Airbnb movimentou R$ 100 bilhões na economia nacional em 2024, aponta estudo da FGV
Os aluguéis por temporada do Airbnb movimentaram R$ 99,8 bilhões e geraram 627 mil postos de emprego no País em 2024. Os dados constam de um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), obtido pela Coluna do Estadão, que será publicado na próxima semana.
Segundo a FGV, o impacto econômico do Airbnb acrescentou R$ 55,8 milhões ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional, além de R$ 8 bilhões de tributos diretos.
Para cada R$ 1 gasto com a reserva do imóvel na plataforma, R$ 5,2 vão para outras atividades econômicas. Os setores mais beneficiados foram comércio (33%), alimentação (25%), entretenimento (16%) e transporte (12%).
“A metodologia nos permite seguir o caminho do dinheiro. Partimos dos gastos efetivos de hóspedes e anfitriões e estimamos como eles se propagam na cadeia, somando impactos diretos e indiretos em nível nacional e regional. Também foi possível calcular a contribuição fiscal da atividade. No final das contas, tributos diretos associados às estadias ajudam a financiar serviços públicos nas cidades”, concluiu Luiz Gustavo Barbosa, gerente-executivo da FGV Projetos.
No ano passado, o Airbnb registrou 20,4 milhões de check-ins (entrada no imóvel ou quarto), com uma média de permanência de 3,5 dias por estadia. O gasto médio dos hóspedes foi de R$ 733. Na comparação com os dados de 2021, o número de check-ins cresceu 131%.
Sudeste tem maior impacto econômico
Nas análises regionais do impacto econômico, o Sudeste liderou, com R$ 54,9 bilhões no ano passado. Sul (R$ 22,1 bilhões), Nordeste (16,9 bilhões), Centro-Oeste (R$ 4,7 bilhões) e Norte (R$ 1,2 bilhão) completam a lista.
Dos R$ 54,9 bilhões movimentados no Sudeste, R$ 30,8 bilhões correspondem ao Estado de São Paulo, que gerou 191,5 mil postos de trabalho e R$ 17,4 milhões ao PIB, ainda de acordo com o levantamento feito pela FGV com base nos dados do Airbnb.
