9 de outubro de 2025
Politica

Aliados de Lula veem crise do IOF como ‘prova’ de que Tarcísio ainda mira Planalto em 2026

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva viram a nova crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como a “prova” de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda mira disputar o Planalto em 2026. Governistas desconfiam que o recuo recente de Tarcísio, que afirmou em público ter foco na reeleição em SP, é apenas uma estratégia para sair dos holofotes no curto prazo, após uma série de desgastes.

A aposta é de que o governador ainda tenta, nos bastidores, ganhar a confiança do bolsonarismo para concorrer à Presidência. Ontem, após uma intensa articulação de Tarcísio, a Câmara retirou de pauta a MP com medidas de arrecadação alternativas ao aumento maior do IOF, que reforçariam o caixa do governo em ano eleitoral. O governador nega que tenha entrado em campo.

Tarcísio é o nome favorito dos partidos de centro-direita para enfrentar Lula em 2026, mas submergiu após perder popularidade ao tentar agradar ao bolsonarismo com críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no 7 de Setembro, sem conseguir se livrar do “fogo amigo” do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Como mostrou a Coluna do Estadão, o Planalto chegou a fazer uma ofensiva para convencer o Republicanos, partido de Tarcísio, a apoiar a MP. Os alvos foram o presidente da legenda, Marcos Pereira, o líder na Câmara, Gilberto Abramo (MG), e outros deputados. Mas o apelo foi em vão.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, também foi peça central para a derrota do governo. O dirigente partidário telefonou para deputados da legenda e pediu para que rejeitassem a MP, o que foi visto por aliados de Lula como uma “dobradinha” com Tarcísio com foco em 2026.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e Jair Bolsonaro, ex-presidente da República

 

 

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