10 de outubro de 2025
Politica

Anúncio de aposentadoria de Barroso acirra campanha de candidatos à vaga no STF; veja os cotados

BRASÍLIA – A decisão do ministro Luís Roberto Barroso de antecipar a aposentadoria deve movimentar a campanha de candidatos à vaga no Supremo Tribunal FederaL (STF). Barroso conversou previamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a decisão. Antes da sessão desta quinta-feira, 9, falou com o presidente do tribunal, Edson Fachin.

Agora, caberá a Lula escolher um novo ministro para o tribunal. Ele deve conversar com integrantes do Supremo sobre o assunto, mas já tem um favorito: o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Luís Roberto Barroso conversou com o presidente Lula antes de anunciar a aposentadoria no STF
Luís Roberto Barroso conversou com o presidente Lula antes de anunciar a aposentadoria no STF

Mesmo antes de Barroso comunicar sua decisão publicamente, a campanha pela cadeira do ministro movimentava os bastidores do governo e do Judiciário. O assunto dominou conversas dos presentes à posse de Fachin na presidência da Corte, no último dia 29.

Messias ganhou pontos com Lula depois que tomou a iniciativa de contratar um escritório nos EUA para defender os interesses do Brasil na crise aberta com o governo Trump. A medida deixou o Itamaraty incomodado, porque a diplomacia defende que seja a protagonista nessas negociações.

Além de Messias, também tem chance na disputa a presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha. Lula já elogiou a ministra em eventos sociais. Teria ficado bem impressionado com ela, especialmente com as declarações públicas sobre crimes militares cometidos por Jair Bolsonaro por planejar um golpe de Estado.

Em entrevistas, a ministra iniciou o debate sobre a perda de patente de militares que participaram da trama golpista. Pesa contra a ministra a questão etária: ela tem 65 anos – portanto, teria apenas dez anos no tribunal.

Entre os candidatos com mais chance, também está o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Embora Lula não poupe elogios a ele, o presidente prefere ver o senador disputando o governo de Minas Gerais em 2026. O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), é outro apontado como concorrente.

A escolha dos ministros do STF é exclusiva do presidente da República. Depois que Lula bater o martelo, vem uma fase que pode render crise institucional: a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado vai sabatinar o nomeado e, em seguida, o plenário votará a indicação. A relação de Lula com o Congresso Nacional tem sido áspera ultimamente.

 

 

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