13 de outubro de 2025
Politica

Moraes mantém Bolsonaro preso em casa

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para revogar sua prisão domiciliar.

Para o ministro, as medidas cautelares que recaem sobre o ex-presidente continuam necessárias.

Segundo Moraes, não houve alteração nos motivos que o levaram a decretar a prisão domiciliar. Ao contrário: o ministro destacou que, depois disso, o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses, em regime inicial fechado, no processo da trama golpista.

A decisão menciona também o “fundado receio de fuga do réu” e “reiterados descumprimentos das medidas cautelares”.

“A manutenção da prisão domiciliar e a manutenção das medidas cautelares impostas ao réu são necessárias e adequadas para cessar o acentuado periculum libertatis, demonstrando não só pela condenação do réu na AP 2668, mas também pelos reiterados descumprimentos das medidas cautelares”, justificou o ministro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a revogação da prisão. Em parecer enviado ao STF, o órgão argumentou que a prisão é imprescindível para “evitar a fuga do distrito da culpa” e para assegurar a execução da pena no processo da trama golpista.

Bolsonaro em no quintal da casa, em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar.
Bolsonaro em no quintal da casa, em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar.

O ex-presidente está preso em casa em decorrência da investigação sobre a tentativa de obstrução do julgamento da trama golpista. Bolsonaro está sob vigilância policial constante. A prisão foi decretada porque ele descumpriu restrições impostas pelo STF.

O inquérito foi desencadeado depois que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) passou a articular sanções contra ministros do STF nos Estados Unidos. O ex-presidente também é investigado porque financiou o filho e porque seria o beneficiário das pressões sobre o Supremo Tribunal Federal.

A Procuradoria-Geral da República denunciou o deputado e o blogueiro Paulo Figueiredo Filho por coação no processo. Como Bolsonaro não foi denunciado, a defesa pediu a revogação da prisão domiciliar.

 

 

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