23 de outubro de 2025
Politica

‘Bancos não precisam e não querem dinheiro do crime’, diz Isaac Sidney

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou nesta quarta-feira, 22, que as instituições financeiras “não precisam e não querem dinheiro do crime”. Ele exortou o que chamou de “elos fracos do sistema bancário a fortalecerem suas estruturas para melhorar o combate a ilegalidades no setor.

“Os bancos brasileiros sérios do País – e asseguro que não são poucos os bancos que agem com seriedade -, renovam o compromisso de, sem qualquer hesitação, continuarem na linha de frente da defesa da integridade do sistema financeiro nacional”, ressaltou, durante o 15° Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLDFT), em São Paulo. “Os bancos não querem e não precisam do dinheiro do crime”, emendou.

Sidney defendeu que a indústria financeira precisa ser “intolerante” com eventuais brechas na segurança para a entrada no sistema. Segundo ele, os bancos pretendem continuar como “principal escudo” no combate a engenharias financeiras criminosas.

Para o presidente da Febraban, instituições que negociem ou se mostrem omissas em relação ao crime financeiro precisam ser alcançadas pelos braços sancionadores do Banco Central, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do poder público como um todo. Esses órgãos estão endurecendo o processo contra ilícitos financeiros, de acordo com ele. “Os bancos estão do lado dos reguladores”, frisou.

Operação Carbono Oculto revela relação entre fintechs e crime organizado

Levantamento feito pelo Estadão com documentos de oito operações da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo mostra que, entre 28 de agosto de 2024 e 28 de agosto de 2025, a PF e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investigaram sete instituições de pagamento que movimentaram R$ 94 bilhões, a maioria desses recursos em operações atípicas ou suspeitas de ligação com o crime organizado.

No final de agosto, fintechs da Avenida Faria Lima, principal centro financeiro do País, foram atingidas pela Operação Carbono Oculto, a maior feita até hoje para combater a infiltração do crime organizado na economia formal do País.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney
O presidente da Febraban, Isaac Sidney

 

 

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