28 de outubro de 2025
Politica

Sem Fux, 1ª Turma do STF deve julgar recurso de Bolsonaro e outros núcleos do golpe com 4 ministros

BRASÍLIA – O ministro Luiz Fux não deve participar dos próximos julgamentos relativos à trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, quando anunciou a decisão de trocar a Primeira pela Segunda Turma, Fux colocou-se à disposição para comparecer às sessões já agendadas sobre a tentativa de golpe de Estado, mas a tendência é que ele não participe das próximas decisões.

O Regimento Interno da Corte vincula um ministro a determinado processo apenas quando o julgamento já foi iniciado no momento da troca de colegiado. A próxima ação penal a ser analisada na Primeira Turma refere-se ao núcleo formado pelos kids pretos. O julgamento ainda não começou e está agendado para 11 de novembro.

Próximos julgamentos da Primeira Turma do STF deve ter cadeira de Fux vazia
Próximos julgamentos da Primeira Turma do STF deve ter cadeira de Fux vazia

A análise dos recursos dos réus condenados no núcleo 1, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda não tem data marcada. A sessão não é uma continuidade do julgamento que resultou na condenação dos oito réus, mas um novo julgamento. Portanto, Fux também estaria de fora.

A interlocutores, o presidente da Primeira Turma, Flávio Dino, tem dito que não pretende adiar a programação de julgamentos sobre a trama golpista. A intenção é encerrar todos os núcleos até o fim do ano. Neste caso, só restaria ao colegiado realizar as próximas sessões com apenas quatro das cinco cadeiras ocupadas.

A cadeira vazia deixada por Fux será ocupada pelo novo ministro do STF. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não anunciou oficialmente o substituto de Luís Roberto Barroso na Corte. O mais provável é que o escolhido seja Jorge Messias, que hoje chefia a Advocacia-Geral da União (AGU). A nomeação deve ser formalizada a partir de terça-feira, 28, quando Lula retornar da viagem à Ásia.

Antes de tomar posse do Supremo, Messias ainda vai precisar ser submetido a sabatina e votação no Senado. Portanto, a posse dele deve acontecer após os próximos julgamentos sobre a trama golpista. Se ele chegar ao Supremo com alguma votação ainda pendente, desde que o julgamento não tenha sido iniciado, poderá participar da decisão.

A expectativa é que, na Primeira Turma, Messias vote no mesmo sentido do relator, ministro Alexandre de Moraes. As votações sobre o assunto costumavam resultar em um placar de quatro votos a um, com a divergência apenas de Fux.

 

 

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